Siga a folha

Mulheres católicas pedem ao papa fim da misoginia da igreja

Evento ocorre fora do Vaticano após Santa Sé retirar autorização por discordar de oradores

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Roma | Reuters

Mulheres católicas lideradas pela ex-presidente da Irlanda Mary McAleese pediram nesta quinta-feira (8) maior poder de decisão para mulheres dentro da hierarquia da Igreja Católica, pedindo ao papa Francisco que derrube seus "muros de misoginia". 

McAleese foi a principal oradora de um simpósio de mulheres católicas chamado "Why Women Matter" (por que as mulheres importam), com a participação de centenas de pessoas. 

A então presidente da Irlanda, Mary McAleese, durante visita a orfanato no sul do Líbano, em 2011 - Ali Hashisho - 15.out.2011/Reuters

O evento, como parte do Dia Internacional da Mulher, foi realizado na sede de uma ordem jesuíta depois que o Vaticano retirou permissão para que fosse realizado na Santa Sé depois que os organizadores incluíram oradores controversos sem permissão. 

McAleese, que apoia o casamento gay e a ordenação de mulheres como padres, brincou sobre a mudança de local do evento: "Espero que os aparelhos de surdez deles estejam ligados hoje".

Ela afirmou a proibição da igreja à ordenação feminina "tranca mulheres para fora de qualquer papel significativo na liderança, no desenvolvimento da doutrina e na estrutura de autoridade da igreja".

A Igreja Católica ensina que mulheres não podem ser ordenadas porque os apóstolos de Jesus eram homens. 

"Estamos aqui para gritar, para derrubar os muros de misoginia da igreja", ela afirmou. Manter as mulheres subordinadas aos homens "deixa Jesus de fora e a intolerância dentro", disse.

"Por quanto tempo poderá a hierarquia sustentar a credibilidade de um Deus que quer as coisas dessa maneira, que quer uma igreja em que as mulheres são invisíveis e sem voz na liderança da igreja?, afirmou ainda McAleese, que foi presidente da Irlanda entre 1997 e 2001. 

Segundo ela, muitas mulheres "experimentam a igreja como um bastião masculino de platitudes condenscendentes, para as quais o papa Francisco deu sua contribuição".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas