Sem dinheiro, cidade da Venezuela emite sua própria moeda
A elorza será válida apenas na localidade de mesmo nome, próxima à fronteira da Colômbia
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Uma cidade no oeste da Venezuela começou a emitir sua própria moeda nesta semana para aliviar a crise financeira e a falta de dinheiro.
A moeda elorza será válida apenas na cidade de mesmo nome, próxima à fronteira da Colômbia.
As notas contêm o rosto de líder independentista local José Andrés Elorza.
As notas estão sendo vendidas nos escritórios da prefeitura para garantir que milhares de turistas e residentes consigam fazer comércio, afirmou o prefeito Solfreddy Solorzano, do partido governista.
A moeda nacional da Venezuela, o bolívar, tem tido sua cotação reduzida nos últimos anos em meio à crise. Os preços praticamente dobram a cada mês, com itens básicos como comida e remédios praticamente em falta. Além disso, há falta de papel-moeda, tornando transações básicas impossíveis.
Apenas no último mês, o Banco Central venezuelano aumentou o total de bolívares em circulação em mais de 50%.
"As pessoas não têm bolívares para gastar, então criamos notas de duas denominações", afirmou Solorzano.
O prefeito afirmou que o equivalente a 2 bilhões de bolívares foram comprados em elozares —cerca de US$ 9.000 no mercado negro.
Muitos venezuelanos vivem com US$ 1 ou US$ 2 por mês.
Em dezembro, uma das mais conhecidas favelas de Caracas já havia lançado sua moeda local, o panal, para enfrentar a falta de dinheiro. Uma das notas continha o rosto do presidente Hugo Chávez.
A moeda podia ser trocada pelo arroz produzido localmente.
Em Elorza, a prefeitura recebe bolívares por transferência bancária ou pagamento em débito e, após descontar 8% de comissão, os troca por elorzas.
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