Trump diz que Irã vai enfrentar 'consequências' caso volte a ameaçar os EUA
Fala foi dada após Rowhani dizer que um confronto entre os dois seria a 'mãe de todas as guerras'
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O presidente americano, Donald Trump, aumentou o tom de suas críticas ao Irã e afirmou na noite deste domingo (22) que a república islâmica deve estar pronto para sofrer as consequências caso ameace os Estados Unidos novamente.
"NUNCA MAIS VOLTEM A AMEAÇAR OS ESTADOS UNIDOS OU SOFRERÃO CONSEQUÊNCIAS QUE POUCOS SOFRERAM AO LONGO DA HISTÓRIA", escreveu, em caixa alta, o presidente americano nas redes sociais.
A afirmação foi uma resposta a declaração do presidente iraniano, Hasan Rowhani, que no próprio domingo disse que Washington não deveria "brincar com fogo".
Além de Trump, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo também criticou as afirmações de Rowhani e chamou o governo iraniano de uma máfia. O chefe da diplomacia americana afirmou ainda que Washington está pronto para ajudar grupos opositores no Irã.
O Ministério de Relações Exteriores do Irã respondeu afirmando que a fala de Pompeo é uma tentativa americana de interferir em questões internas do país e disse que ela só serve para unir o povo iraniano.
Já o general Gholam Hossein Gheibparvar, comandante de um dos braços da Guarda Revolucionária do Irã, disse que os EUA "não podem fazer droga nenhuma contra o Irã" e descartou a possibilidade de uma ação militar de Washington contra o país.
Teerã costuma ser um alvo comum das críticas de Trump e a relação dos dois países, que já era difícil, piorou após o presidente americano anunciar em maio que seu país iria deixar o acordo nuclear com o Irã.
O tratado, negociado pelo antecessor de Trump, Barack Obama, e por outros cinco países, suspendia uma série de sanções contra o país em troca de restrições ao programa nuclear iraniano.
Assim, com o fim do acordo Trump prometeu voltar com as sanções, o que poderia prejudicar a economia do país. Em resposta, Teerã disse que poderia bloquear a passagem de navios pelo estreito de Hormuz caso Washington tentasse interferir com a venda de petróleo iraniano.
O aumento na tensão entre Teerã e Washington fez a Alemanha pedir nesta segunda (23) que os dois países diminuam o tom das críticas . "Apoiamos o diálogo e as conversas e apelamos a todos os lados para que exerçam contenção e retórica" disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Christofer Burger.
Já o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, crítico do Irã e contrário ao acordo nuclear com o país, expressou apoio aos EUA no caso. "Quero homenagear a dura posição manifestada ontem pelo presidente Trump e pelo secretário de Estado Mike Pompeo contra a agressividade do regime do Irã".
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