Entre venezuelanos, 8 a cada 10 querem deixar região de fronteira
Dado integra relatório do centro de triagem de Pacaraima (RR) sobre imigrações de junho a agosto
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Pelo menos 8 a cada 10 venezuelanos que entraram no Brasil por Pacaraima (RR) desde junho manifestaram intenção de ir para outras regiões do país com ajuda da operação do governo federal.
O dado faz parte de relatório do centro de triagem de Pacaraima e leva em conta 7.015 pessoas que foram acolhidas na fronteira de 18 de junho a 12 de agosto.
A cidade enfrenta uma crise migratória e foi palco de confronto no último fim de semana. O governo anunciou o envio de 120 integrantes da Força Nacional para o local.
Um raio-X das pessoas que entraram pela fronteira de Pacaraima no período, o relatório mostra que 70% dos venezuelanos têm pelo menos o ensino médio completo. Mostra, ainda, que as principais experiências de trabalho são: vendedor (10%), construção civil (9%), trabalho doméstico (6%), cozinheiros (6%), cabeleireiros e esteticistas (3%).
Em relação ao estado civil, a maioria dessas pessoas é solteira (57%). Outros 27% têm união estável, 15% são casados e 1% fez divórcio.
O ingresso de homens (61%) foi maior que o de mulheres (39%). A maioria tem até 45 anos –acima dessa faixa há apenas 16%.
Dos mais de 7.000 imigrantes registrados no período, há 110 gestantes, 119 são pessoas com deficiência, 44 são idosos desacompanhados e 30 têm doenças graves.
O governo brasileiro informou que a política de interiorização dos venezuelanos será intensificada, mas tem enfrentado dificuldade para fazer a transferência, que está mais lenta do que o esperado.
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