Secretário de Justiça deveria parar investigação sobre a Rússia, diz Trump
Presidente pediu que Sessions dê um fim à apuração das ações de Moscou na eleição de 2016
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O presidente americano Donald Trump disse que o secretário da Justiça, Jeff Sessions, deveria parar as investigações sobre a interferência russa nas eleições americanas, conduzidas pelo procurador Robert Mueller.
Ele escreveu nas redes sociais nesta quarta-feira (1º) que Sessions "deveria parar essa caça às bruxas manipuladas agora mesmo, antes que manche o país ainda mais." Disse ainda que Mueller "está totalmente em conflito" e que o conluio russo no pleito não é verdade.
Críticas às investigações por parte de Trump são recorrentes, mas é a primeira vez que ele diz que o secretário deveria dar um fim à apuração. Ele já está na mira de autoridades por suspeita de obstrução de Justiça: Mueller está examinando seus tuítes contra Sessions e James Comey, ex-diretor do FBI, como o jornal The New York Times revelou na última semana.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, minimizou o incidente e afirmou que o presidente apenas expressou a sua opinião. "Ele não está obstruindo a Justiça, está reagindo", disse ela, na entrevista coletiva diária a jornalistas.
A mensagem na rede social foi publicada no segundo dia do julgamento de Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Trump acusado de crimes financeiros. O processo é resultado das investigações de Mueller sobre a campanha à presidência de 2016.
Para tentar se afastar da polêmica, o presidente afirmou, que Manafort trabalhou por pouco tempo em sua campanha e que o governo deveria tê-lo avisado que o republicano estava sob investigação.
Durante a cúpula com Vladimir Putin em Helsinque, na Finlândia, Trump afirmou que as investigações do FBI sobre a intromissão russa nas eleições "são um desastre para o país". Depois, voltou atrás e reconheceu a atuação do país no pleito.
Nesta semana, Mueller indicou que está disposto a reduzir o número de perguntas que faria a Donald Trump, retomando as negociações em torno de uma entrevista do presidente após um longo impasse.
Em uma carta enviada nesta segunda-feira (31) aos advogados do republicano, a equipe de Muller sugeriu que as perguntas sobre a suposta obstrução de justiça seriam reduzidas para a metade, segundo duas fontes informadas sobre as negociações.
Não está claro que tópico ou tópicos teriam sido deixados de lado. Jay Sekulow, advogado de Trump, disse que "nada está decidido ainda".
O impasse se estende desde março, quando Mueller levantou a possibilidade de intimar o presidente.
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