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Vaticano expressa 'vergonha e tristeza' com casos de abuso sexual nos EUA

Investigação na Pensilvânia mostrou que mais de mil crianças foram vítimas de padres no estado

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Vaticano e Boston | AFP e Reuters

Em sua primeira manifestação pública sobre a investigação que revelou milhares de casos de abuso sexual de crianças cometidos por padres no estado americano da Pensilvânia, o Vaticano expressou nesta quinta-feira (16) "vergonha e tristeza" com o episódio.   

"As vítimas devem saber que o papa Francisco está do seu lado. Aqueles que sofreram são sua prioridade, e a Igreja quer ouvi-los para erradicar este trágico horror que destrói a vida dos inocentes", declarou a Santa Sé em um comunicado. 

 

O grande júri divulgou na terça-feira (14) as descobertas da maior investigação até hoje em torno de abusos sexuais na Igreja Católica dos EUA, entendendo que 301 padres no Estado abusaram sexualmente de menores de idade durante os últimos 70 anos.

O papa Francisco acena para fiéis durante cerimônia na praça de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta (15) - Filippo Monteforte - 15.ago.2018/AFP

O Vaticano reagiu afirmando levar "muito a sério" o relatório e assegurou que "duas palavras podem expressar o que se sente diante destes crimes horríveis: vergonha e tristeza". 

"Os abusos descritos no informe são criminosos e moralmente reprováveis. Estes atos traíram a confiança e roubaram das vítimas sua dignidade e sua fé", diz o comunicado.

Em comunicado, o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, também disse que a Igreja Católica “precisa aprender duras lições a partir de seu passado” e que o Vaticano prometeu responsabilizar abusadores e facilitadores.

O comunicado destacou a necessidade de obedecer a lei civil, incluindo notificações obrigatórias de abusos contra menores. 

Não é a primeira vez que um júri popular publica um informe revelando escândalos de pedofilia dentro da Igreja católica americana, mas nunca tantos casos haviam sido revelados.

Mais cedo nesta quinta-feira, bispos dos EUA pediram uma investigação liderada pelo Vaticano e apoiada por investigadores leigos sobre acusações de abusos sexuais cometidos pelo ex-cardeal Theodore McCarrick, de Washington, e que renunciou no mês passado.

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