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Para palestinos, mudança de embaixada brasileira para Jerusalém é provocação

Membro da OLP afirma que decisão desestabiliza região; Hamas diz que medida é hostil

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Ramallah | AFP

A Organização para a Liberação da Palestina (OLP) afirmou nesta sexta-feira (2) que os planos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém são uma provocação.

"É uma medida provocativa, que é ilegal em virtude do direito internacional e que só desestabiliza a região", afirmou Hanan Ashrawi, do Comitê Executivo da OLP.  "É muito infeliz que o Brasil tenha se unido a essa aliança negativa contra a lei internacional."

As bandeiras de Israel e do Brasil diante da embaixada brasileira em Tel Aviv - Jack Guez/AFP

A decisão brasileira também foi condenada pelo movimento islamita Hamas, que governa a faixa de Gaza e que travou três guerras contra Israel desde 2008.

"Nós consideramos que se trata de uma medida hostil em direção ao povo palestino e ao mundo árabe e muçulmano", reagiu o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zahri, em uma rede social.

​Bolsonaro anunciou a medida na quinta-feira (1º). "Israel é um Estado soberano e nós o respeitamos", disse.

Horas depois, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, agradeceu a Bolsonaro: "Parabenizo meu amigo presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, pela sua intenção de transferir a embaixada brasileira para Jerusalém, um passo histórico, correto e emocionante!".

Netanyahu pretende ir à posse de Bolsonaro em janeiro e, segundo o texto do Israel Hayom, Bolsonaro também afirmou que visitará Israel em breve.

Estados Unidos e Guatemala transferiram suas embaixadas para Jerusalém em maio, um passo polêmico que significa reconhecer a cidade como capital. ​

O Estado judeu considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos aspiram tornar Jerusalém Oriental a capital do seu futuro Estado.

Israel ocupa Jerusalém Oriental desde a guerra de 1967 e posteriormente a anexou, ato nunca reconhecido pela comunidade internacional.

Para a comunidade internacional, o status da Cidade Sagrada deve ser negociado por ambas as partes e as embaixadas não devem se estabelecer lá até que um acordo seja alcançado.​

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