Premiê palestino apresenta renúncia ao presidente Abbas
Segundo publicação oficial, executivo continuará no poder até que um novo governo seja formado
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O primeiro-ministro palestino, Rami Al-Hamdallah, anunciou nesta terça-feira (29) ter entregado sua renúncia e a de seu governo de coalizão ao presidente Mahmoud Abbas, em um contexto de crescentes divergências entre as organizações palestinas.
O executivo continuará assumindo "todas as suas responsabilidades até que um novo governo seja formado", disse em um comunicado divulgado após uma reunião com o gabinete.
Abbas, principal interlocutor da comunidade internacional, está imerso na formação de uma nova coalizão. Ele não divulgou imediatamente nenhum comentário, mas sua facção, o Fatah, recomendou em um encontro dois dias atrás que o governo fosse substituído.
Os analistas veem nesse esforço uma forma de isolar seus rivais do Hamas, que detêm o poder na Faixa de Gaza.
O governo palestino emana da Autoridade Palestina, uma entidade internacional provisoriamente reconhecida e destinada a prefigurar um Estado independente que integraria a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, separadas por algumas dezenas de quilômetros de território israelense.
Um dirigentes do Hamas condenou o movimento desta terça, afirmando que se trata de uma tentativa de marginalizar e excluir o grupo da política palestina.
Acadêmico renomado, Hamdallah liderou o governo de coalização nacional formado em 2014 e comandou os esforços do Fatah de reconciliação com o Hamas, que assumiu o poder em Gaza em 2007.
Os dois grupos assinaram um acordo de reconciliação há dois anos, que colocou em ação um plano para a Autoridade Palestina de Abbas de retomar o governo em Gaza e o controle dos caminhos que levam do enclave costeiro a Egito e Israel.
Mas disputas sobre a divisão do poder e desavenças sobre as políticas em relação a Israel dificultaram a implementação do acordo.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters