Siga a folha

Na Grécia, novo nome da Macedônia motiva protestos violentos

Milhares se opõem a acordo que permite a vizinho usar termo que nomeia região histórica grega

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Atenas | AFP e Reuters

Um protesto de dezenas de milhares de pessoas em Atenas tornou-se violento neste domingo (20), quando manifestantes usaram tacos e bombas contra guardas do Parlamento grego, na tentativa de invadir o prédio. Policiais revidaram com gás lacrimogêneo.

A manifestação acontecia por causa da votação, a acontecer na próxima semana, que deve ratificar o acordo feito em junho entre o governo grego e a República da Macedônia quanto à mudança do nome desta para Macedônia do Norte.

 

O país ao norte da Grécia passou a se chamar assim quando se tornou independente da Iugoslávia, em 1991, e irritou imediatamente os vizinhos do sul , já que Macedônia é um termo histórico que até hoje nomeia uma região grega —usá-lo no nome de outra nação, assim, sugeriria reivindicação sobre esse território, para os manifestantes conservadores.

O sucesso da negociação é visto como vitória do primeiro-ministro Alexis Tsipras, que defende que o novo nome faz uma distinção clara entre as duas regiões e se comprometeu a suspender bloqueios contra o país vizinho, deixando de vetar sua entrada em organizações como Otan e União Europeia.

Segundo a polícia, os protestos deste domingo reuniram cerca de 60 mil pessoas em Atenas. Os organizadores falam em 100 mil manifestantes. Boa parte deles carregava bandeiras da Grécia e alguns pediam um referendo que consultasse a população sobre a questão. 

"Não podemos aguentar esse acordo, entregar nossa Macedônia, nossa história", disse a aposentada ateniense Amalia Savrami, 67, que segurava uma grande bandeira de seu país na praça Syntagma.

O primeiro-ministro Tsipras, no poder desde 2015, acaba de sobreviver a um voto de confiança do Parlamento após a demissão de seu ministro da Defesa e o racha de sua coalizão com o partido nacionalista Gregos Independentes, que se opunha ao acordo com a Macedônia.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas