Ex-advogado processa Organizações Trump por falta de pagamento de honorários
Michael Cohen afirma que empresa descumpriu acordo após ele passar a cooperar com a Justiça
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Michael Cohen, ex-advogado pessoal do presidente Donald Trump, abriu um processo nesta quinta-feira (7) acusando as Organizações Trump de violação de contrato por recusar o pagamento de US$ 1,9 milhão (o equivalente a R$ 7,4 milhões) em honorários e custas judiciais após ele ter decidido colaborar com procuradores federais em Nova York.
O processo, aberto na Suprema Corte estadual de Nova York, afirma que as Organizações Trump tinham um acordo pelo qual pagariam os honorários dos advogados de Cohen e suas custas, em relação ao trabalho dele para a organização, mas que não haviam cumprido o combinado.
A queixa afirma que, por volta de julho de 2017, Cohen e a empresa de Trump fecharam o acordo de que a organização pagaria os honorários e as custas judiciais de Cohen relacionados a investigações que estavam sendo conduzidas pelo Congresso e pelo procurador especial Robert Mueller, que está apurando a interferência russa na eleição de 2016.
O trato foi honrado até maio do ano passado, de acordo com o processo. Em junho, quando Cohen começou a dizer a pessoas próximas que estaria disposto a cooperar com a investigação de Mueller, a companhia deixou de pagar seus advogados.
Como resultado, Cohen demitiu os advogados que o vinham representando, afirma o processo. Pouco depois, o ex-advogado do presidente deu a entender, em entrevista no programa Good Morning America, que estava considerando fazer um acordo com os procuradores federais de Nova York que o estavam investigando.
Além dos honorários e custas judiciais, Cohen também quer a restituição do dinheiro que ele teve de pagar em forma de multas, devoluções e confiscos, depois de se admitir culpado de violação das leis de financiamento de campanha eleitoral, sonegação de impostos e de mentir ao Congresso, afirma o processo.
Tradução de Paulo Migliacci
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