Grupos organizam protestos anti-Bolsonaro em Israel
Presidente desembarca no país no domingo (31)
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Bandeiras brasileiras enfeitam desde quinta-feira (28) a entrada de Jerusalém, em antecipação à visita de Jair Bolsonaro, que desembarca em Israel neste domingo (31) para uma viagem de quatro dias.
Porém, nem todos estão satisfeitos com a presença do presidente brasileiro.
Duas manifestações contra a presença de Bolsonaro em Israel já foram convocadas pelo Facebook, com centenas de pessoas dizendo-se interessadas ou confirmando presença.
A primeira manifestação está marcada para domingo, horas depois da chegada do presidente, em frente à embaixada do Brasil em Tel Aviv.
O ato foi convocado pela Associação Pró-LGBT, uma ONG israelense em defesa dos direitos dos homossexuais.
Na justificativa pelo protesto, os integrantes da ONG escreveram: “’Prefiro que meu filho seja morto em um acidente do que ser gay’, ‘É preciso bater em homens se beijando na rua’. Essa é uma pequena seleção dos ideais exemplares do novo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Em 31 de março, o presidente chega para uma visita e não pretendemos ficar calados”.
O protesto foi convocado em janeiro, logo após a visita do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ao Brasil para participar da posse de Bolsonaro.
A segunda manifestação anti-Bolsonaro foi convocada por diversos grupos judaicos brasileiros, entre eles o “JuProg” (Judeus Progressistas do Brasil).
Na página na internet, a justificativa para a manifestação é “mostrar que o fascista Jair Bolsonaro não é bem-vindo a Israel”.
O evento está marcado para 2 de abril, um dia antes da partida do presidente de volta ao Brasil, no Centro de Jerusalém.
Por enquanto, apenas cerca de 60 pessoas se mostraram interessadas, talvez porque boa parte dos brasileiros que moram em Israel apoiou a eleição de Bolsonaro.
No segundo turno das eleições presidenciais, 73% dos 534 eleitores brasileiros que compareceram às urnas em Israel votaram em Bolsonaro.
O candidato do PT, Fernando Haddad, recebeu 21% dos votos.
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