Siga a folha

Após família fazer vaquinha, Airbnb pagará traslado de corpos de brasileiros mortos no Chile

Seis turistas morreram vítimas de vazamento de gás em apartamento em Santiago

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A família dos seis turistas brasileiros mortos devido a um vazamento de gás em Santiago, no Chile, criou uma campanha de arrecadação para trazer os corpos das vítimas ao Brasil, na manhã desta quinta-feira (23). 

Os seis turistas morreram nesta quarta-feira (22) em Santiago, no Chile, por inalação de gás —não se sabe ainda onde ocorreu o vazamento, mas os bombeiros encontraram alta concentração de monóxido de carbono no local. O grupo estava de férias e havia alugado um apartamento no centro da cidade por meio do serviço Airbnb.

No início da tarde, a Airbnb disse que custeará o traslado dos corpos até o Brasil. 

campanha pede R$ 100 mil. Até 14h, havia arrecadado cerca de R$ 7 mil. "Precisamos de toda ajuda, pois a família não tem condições financeiras para trazer os corpos e fazer o velório", diz o texto da campanha, divulgada por Noemi Nascimento, prima das vítimas, que mora em Palhoça (SC).

Da esq. p/ a dir.: Felipe de Souza, Débora Muniz, Fabiano de Souza e Karoliny de Souza, que morreram após vazamento de gás no Chile - Reprodução/Facebook

O Airbnb possui um seguro para proteger danos aos imóveis e indenizar os proprietários se ocorrerem problemas. Em situações de acidentes com turistas, as situações são avaliadas caso a caso, segundo a assessoria de imprensa da empresa. “Estamos profundamente consternados com este trágico incidente. Nós nos solidarizamos com os familiares e estamos em contato para prestar todo apoio necessário aos familiares neste momento difícil", disse o aplicativo, em nota.

A lei não obriga as autoridades brasileiras a custear o traslado de corpos de brasileiros mortos no exterior, segundo o Itamaraty.

Os turistas estavam a passeio no país havia cerca de uma semana. Seus nomes eram Fabiano de Souza, 41, e Débora Muniz Nascimento de Souza, 38, e os filhos Karoliny Nascimento de Souza, que faria 15 anos nesta semana, e Felipe Aílton Nascimento de Souza, 13. Eles moravam em Biguaçu (SC).

O outro casal era formado pelo catarinense Jonathas Nascimento Kruger, 30, irmão de Débora, e a esposa dele, Adriane Kruger, 27, natural de Goiânia. 

De acordo com o Itamaraty, a família dos brasileiros recebeu telefonemas na tarde de quarta, em que seus parentes falavam coisas desconexas e sem sentido. Alarmados, entraram em contato com a polícia brasileira. Um delegado de Florianópolis, por sua vez, acionou o consulado brasileiro no Chile, que enviou um representante ao apartamento.

O diplomata chegou ao local acompanhado de agentes da polícia, que tiveram que forçar a entrada no imóvel depois que ninguém respondeu à campainha.

"Constatamos que havia seis pessoas mortas, quatro adultos e dois menores de idade, e que provavelmente suas mortes foram causadas por um vazamento de gás", disse o comandante Rodrigo Soto à imprensa local. 

O governo de Santa Catarina informou, por nota, que acompanha a investigação das circunstâncias das mortes, pelas autoridades chilenas, e que atua para facilitar os trâmites de liberação dos corpos.

A prefeitura de Biguaçu, onde quatro das vítimas moravam, decretou luto oficial por três dias na cidade e disse estar em contato com as autoridades federais e estaduais para tratar do traslado dos corpos e organizar um velório coletivo. 

Ao saber do acidente, a família lidava com outra dor: a morte da mãe de um dos turistas, ocorrida pouco antes da tragédia em Santiago. 

Com AFP

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas