Siga a folha

Ataque a QG do vice-presidente afegão deixa dois mortos

Explosão ocorreu no primeiro dia da campanha eleitoral para disputa presidencial em setembro

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Cabul | AFP

Um grupo armado atacou o escritório de um candidato à vice-presidência do Afeganistão, em Cabul, neste domingo (28), primeiro dia da campanha eleitoral no país.

Duas pessoas morreram e ao menos 25 ficaram feridas com o ataque. Horas antes, o presidente Ashrat Ghani havia assegurado que “a paz está chegando”.

O ataque começou às 16h40 (hora local), quando uma forte explosão foi ouvida na escritório de Green Trend, ONG que trabalha com jovens e que foi fundada pelo candidato a vice-presidente Amrullah Saleh. Ele foi ferido no ataque.

Após a explosão, um grupo de homens começou a segunda fase da ação, entrando no prédio e atirando em quem estava no local. Três horas depois, nenhum grupo insurgente havia assumido a autoria.

“As forças de segurança cercaram a área e estão tentando matar os responsáveis pelo ataque o mais rápido possível”, disse o porta-voz do Ministério do Interior Nasrat Rahimi.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Wahidulá Mayar, afirmou que ao menos duas pessoas morreram e 25 ficaram feridas.

Pela manhã, o presidente Ghani havia começado sua campanha eleitoral assegurando que a paz estava chegando e que conversas com talibãs teriam espaço no governo.

A eleição deste ano, que tem 18 candidatos, foi adiada duas vezes e agora está prevista para acontecer em 28 de setembro.

A campanha eleitoral é um desafio para as forças de segurança, encarregadas de cuidar da integridade de todos os candidatos.

Outdoor com cartaz do candidato presidencial afegão e do atual presidente, Ashraf Ghani - Wakil Kohsar/AFP

O peso dos talibãs

No sábado (27), o ministro da Paz, Abdul Salam Rahimi, disse que as conversas diretas com os talibãs acontecerão dentro de suas semanas.

As reuniões são cruciais, uma vez que os talibãs controlam ou têm influência sobre a metade do território afegão e, até agora, se negavam a dialogar com as autoridades.

Além da guerra, o país enfrenta vários problemas, incluindo crescimento da criminalidade, desaceleração da economia, aumento do desemprego e infraestrutura em ruínas.

O risco de os ataques se repetirem às mesas de votação, como ocorreu no passado, ameaça a frágil democracia afegã. O presidente insiste em dizer que a eleição deste ano será limpa, mas a desconfiança da sociedade permanece.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas