Siga a folha

Descrição de chapéu
Governo Trump

De verde-limão, ex-porta-voz de Trump estreia na Dança dos Famosos passando vergonha

Apresentação de salsa de Sean Spicer acaba com uma das piores da noite no programa americano

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Desde o momento em que Sean Spicer apareceu de camisa de babados verde-limão nos primeiros segundos de Dancing with the Stars, já se podia imaginar que a participação dele no episódio de estreia do reality show não seria discreta.

Spicer foi, para refrescar a memória do caro leitor, o primeiro porta-voz do presidente americano Donald Trump.

Ficou seis meses no cargo, tempo suficiente para falar mentiras —inaugurando a era dos "fatos alternativos—, brigar com jornalistas e ser imortalizado na imitação da atriz Melissa McCarthy no programa Saturday Night Live. 

Dois anos depois, sabe-se lá por que razão, o ex-funcionário da Casa Branca juntou-se ao elenco do DWTS, cuja versão brasileira, Dança dos Famosos, é um quadro do Domingão do Faustão.

Competindo com ele para ver quem se sai melhor na dança de salão estão outras 11 celebridades variadas, que incluem Lamar Odom, ex-jogador da NBA e ex-marido de Khloe Kardashian; Kate Flannery, a Meredith da série "The Office"; e James Van Der Beek, o eterno personagem-título de "Dawson's Creek".

Na estreia ao vivo da temporada de DWTS na noite de segunda-feira (16), Spicer foi o penúltimo a dançar.

Nas cenas que o apresentam antes do número de dança, ele diz, aparentemente sem ironia, que "ser secretário de imprensa de Trump era intimidador, mas não é nada perto do DWTS".

Sua parceira de dança não lhe é nem um pouco simpática: "Vou formar minha própria opinião sobre ele", diz a pobre Lindsay, antes de dizer ao telespectador que a habilidade de dança do ex-assessor da Casa Branca é a de uma criança pré-pré-escolar.

O constrangimento não acaba. O número salsa começa com Spicer tocando bongôs. A música é das Spice Girls. Sim: Spicer/Spice Girls, entendeu?

O ex-porta-voz de Donald Trump, Sean Spicer, e sua parceira de dança, Lindsay Arnold, antes da estreia no programa - Reprodução

O ex-porta-voz fica meio parado, enquanto a esforçada Lindsay faz todo o trabalho, rodopiando em volta dele.

Ele balança os braços com babados verde-limão com energia e sem ginga nenhuma. A camisa apertada e a calça branca parecem ser escolhidas especialmente para destacar que ele está acima do peso.

Seus movimentos são duros, fora do ritmo, e seus sorrisos, forçados.

Por sorte, acaba rápido. Os jurados não sabem o que dizer: "Foi estranhamente divertido", arrisca um.

"Você estava fora do ritmo quase o tempo todo", diz outro. Todos riem amarelo, dos outros competidores aos MCs do programa. Lindsay deve estar pensando em como conseguir outro emprego.

A performance fica a quilômetros das melhores da noite, como as de Hannah Brown, ex-Bachelorette, e Lauren Alaina, cantora country. Na pontuação, Spicer só supera Odom —uma injustiça com o ex-jogador da NBA.

A cereja do bolo é que depois de Spicer vem o bonitão Van Der Beek, o último da noite, que, vestido com um elegante colete cinza, derrete corações ao dançar tango com graça e habilidade e, claro, leva a melhor pontuação do episódio.

Seria a forma que Hollywood encontrou de se vingar de Trump?

O presidente, ele também uma ex-estrela de reality shows, vai deixar de apoiar o ex-funcionário com tuítes, como fez antes da estreia?

O restante da temporada dirá se os produtores encontrarão novos e criativos modos de humilhar o republicano.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas