Comando militar dos EUA contradiz Trump e afirma que ataque do Irã feriu 11 americanos
Horas após ofensiva, presidente disse que não havia feridos nem mortos
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As Forças Armadas dos Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira (16) que 11 militares americanos ficaram feridos após o ataque do Irã a bases dos EUA no Iraque.
A declaração contradiz a versão do presidente Donald Trump e do governo iraquiano de que a ofensiva não deixou feridos.
"Embora nenhuma pessoa a serviço dos EUA tenha morrido no ataque iraniano do dia 8 de janeiro à base de Ain al-Assad, várias receberam tratamento para sintomas de concussões resultantes das explosões e ainda estão sendo avaliadas", disse num comunicado o porta-voz do Comando Central Militar, o capitão Bill Urban.
Urban afirma ainda que, por precaução, alguns indivíduos foram transferidos da base aérea para o Centro Médico Regional de Landstuhl, na Alemanha, para exames médicos, e que eles deverão retornar ao Iraque após os procedimentos.
Horas depois do ataque iraniano, Trump discursou por cerca de dez minutos e afirmou que nenhum americano ou soldado aliado tinha ficado ferido —as mesmas informações foram divulgadas pelas autoridades iraquianas.
O republicano disse ainda que os alvos dos EUA sofreram poucos danos graças “às precauções tomadas, à dispersão de forças e ao sistema de aviso precoce, que funcionou muito bem”.
O regime iraniano, por sua vez, apresentou outra versão do ocorrido. A agência de notícias Mehr chegou a anunciar que “mais de 80 soldados terroristas americanos” tinham sido mortos e “cerca de 200” haviam ficado feridos.
A ofensiva de Teerã foi uma resposta à morte do general Qassim Suleimani, vítima de um ataque dos EUA ao aeroporto de Bagdá no dia 3 de janeiro.
Na ocasião, Trump justificou a ação afirmando que o comandante "estava planejando ataques iminentes e sinistros a diplomatas e militares americanos”.
De acordo com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a ação que matou Suleimani foi posta em prática para interromper um “ataque iminente” que poderia ter ameaçado a segurança de americanos no Oriente Médio.
Suleimani era considerado a segunda pessoa mais importante do Irã, atrás apenas do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei. Desde então, as tensões entre os dois países sofreram uma forte escalada, com ameaças dos dois lados.
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