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Descrição de chapéu Governo Trump

Governo Trump limita presença de jornalistas de veículos estatais da China nos EUA

Medida corta quase pela metade número de profissionais que podem trabalhar no país

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Washington | AFP e Reuters

A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira (2) que vai cortar quase pela metade o número de jornalistas de veículos estatais chineses que têm autorização para trabalhar em território americano.

A medida, segundo o comunicado do departamento de Estado, é uma retaliação contra "a contínua intimidação e perseguição a jornalistas" promovida por Pequim.

Com a decisão, o número de jornalistas chineses que trabalham nos Estados Unidos para os veículos estatais deverá diminuir de 160 para 100 a partir de 13 de março. 

O presidente americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, durante o encontro do G20 em junho - Kevin Lamarque/Reuters

A medida atinge os profissionais que trabalham para a agência de notícias Xinhua, para o canal de TV China Global, para a China Radio International e para o jornal China Daily.

"Durante anos, o governo da República Popular da China impôs vigilância, assédio e intimidação cada vez mais severos contra jornalistas americanos e outros estrangeiros que operam na China", disse o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em comunicado. 

Segundo a nota, nenhum dos jornalistas será expulso dos Estados Unidos, mas quem dependia do visto de trabalho poderá ser obrigado a deixar o país se não conseguir outro emprego. 

A ação foi possível porque, no mês passado, Washington tinha mudado a classificação dos quatro veículos, que deixaram de ser reconhecidos pela Casa Branca como órgãos de imprensa e passaram a ser considerados missões diplomáticas da China.

Com isso, os profissionais desses veículos foram obrigados a se registrarem no Departamento de Estado. 

O governo chinês revogou no mês passado os vistos de três repórteres do jornal americano The Wall Street Journal que trabalhavam em Pequim, depois que o jornal se recusou a se desculpar por uma coluna que dizia que a China era o "verdadeiro homem doente da Ásia". 

Outro repórter do jornal teve que sair no ano passado depois que a China se recusou a renovar seu visto.

O governo chinês classificou a decisão como equivocada. Já o CPJ (Comitê para a Proteção dos Jornalistas, entidade com sede em Nova York) criticou a medida e afirmou que Washington deveria dar o exemplo sobre liberdade de expressão no mundo em vez de copiar o modelo autoritário de Pequim. 

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