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EUA dizem que condenação da ONU ao racismo é hipocrisia

Para secretário de Estado, órgão deveria se concentrar em países como Cuba e China

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Washington | AFP

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, chamou de hipocrisia a condenação ao racismo declarada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta sexta (19).

Pompeo disse, neste sábado (20), que o órgão deveria se concentrar no que chamou de disparidades raciais sistêmicas em países como Cuba e China.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo - Mandel Ngan/AFP

A resolução foi aprovada após um debate incitado pelos protestos que explodiram nos EUA após a morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial branco durante uma abordagem.

Uma menção específica do caso foi excluída do texto. A decisão provocou a indignação de ativistas, que acusaram Washington e seus aliados de pressionarem por uma revisão do documento, uma versão que a missão americana em Genebra se negou a comentar.

O governo dos Estados Unidos, que reclamou de ter sido citado no rascunho do texto, retirou-se do Conselho de Direitos Humanos em 2018 e não participou na sessão de sexta.

No comunicado deste sábado, com o título "Sobre a hipocrisia do Conselho de Direitos Humanos da ONU", Pompeo afirma que a discussão no país sobre raça após a morte de Floyd "é um sinal da força e maturidade de nossa democracia".

"Se o Conselho leva a sério a proteção dos direitos humanos, há muitas necessidades legítimas de sua atenção, como as disparidades raciais sistêmicas em locais como Cuba, China e Irã", afirmou o chefe da diplomacia da maior potência mundial.

"Se o Conselho fosse honesto, reconheceria os pontos fortes da democracia americana e instaria os regimes autoritários de todo o mundo a seguir o modelo da democracia americana e manter suas nações com os mesmos padrões elevados de responsabilidade e transparência que nós, americanos, aplicamos a nós mesmos", completou.

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