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França celebra Queda da Bastilha com homenagem a profissionais da saúde

Feriado de 14 de julho teve parada militar reduzida, fora da tradicional avenida Champs-Elysées

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Paris | AFP

Pela primeira vez desde 1945, a França cancelou o tradicional desfile militar na avenida Champs-Elysées para comemorar a Queda da Bastilha, que marcou, em 14 de julho de 1789, o início da Revolução Francesa.

O tradicional desfile militar deu lugar a uma pequena parada, restrita à Place de la Concorde, no centro de Paris, reunindo sob um céu nublado cerca de 2.000 soldados —metade do número habitual.

O presidente Emmanuel Macron desfila em cerimônia do Dia da Queda da Bastilha, em Paris, ao lado do general Francois Lecointre, chefe da Defesa - Ludovic Marin/AFP

Ao final da parada, profissionais da saúde vestindo jaleco branco se uniram às fileiras dos militares, sob aplausos do presidente Emmanuel Macron e do público. Para reduzir o risco de contágio pelo coronavírus, o número de espectadores no local foi reduzido.

Na tribuna de honra, houve 2.500 convidados, incluindo 1.400 franceses que viveram a epidemia na linha de frente: médicos, familiares de profissionais que morreram de Covid-19, professores, agentes funerários, policiais, bombeiros e funcionários de fábricas de máscaras.

A cerimônia também deu lugar de destaque às várias unidades militares que trabalharam para combater o coronavírus. Quatro países europeus —Alemanha, Suíça, Áustria e Luxemburgo— foram representados simbolicamente, em um gesto de agradecimento por terem atendido 161 pacientes franceses em seus hospitais.

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também esteve presente na Place de la Concorde.

O desfile aéreo foi mantido. Ele foi aberto pela fumaça azul, branca e vermelha da Patrulha da França, que embarcou três profissionais da saúde a bordo de seus Alphajets.

A cerimônia de 14 de Julho teve também uma homenagem ao general Charles de Gaulle, cuja memória é celebrada neste ano na França por ocasião de um triplo aniversário: o 130º de seu nascimento, o 50º de sua morte e o 80º do chamado de 18 de junho de 1940, símbolo da resistência aos nazistas.

Por conta da crise sanitária, a maioria das cidades francesas suprimiu os eventos que costumavam acontecer à noite e os fogos de artifício.

Especialistas alertam para o risco de uma segunda onda da pandemia, que deixou mais de 30 mil mortos e 200 mil infectados na França.

Em uma entrevista exibida nesta terça, Macron disse que há sinais de volta da alta de casos de Covid-19 no país, que reabriu parte das praias, bares e restaurantes.

Em resposta, ele informou que pretende tornar o uso de máscaras obrigatório em locais fechados e pediu aos cidadãos que as utilizem também ao ar livre.

A capital francesa teve também protestos, que pediam melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde. A polícia dispersou manifestantes com bombas.

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