A explosão de uma bomba em uma escola religiosa no Paquistão deixou pelo menos sete mortos e mais de 80 feridos nesta terça-feira (27), segundo policiais e autoridades médicas locais.

O ataque ocorreu no noroeste do país, em Peshawar, cidade próxima à fronteira com o Afeganistão e alvo frequente de extremistas islâmicos. Até agora, ninguém reivindicou a responsabilidade pelo atentado.

Segundo o chefe da polícia paquistanesa, Mohammad Ali Gandapur, o artefato utilizado na ação continha até 13kg de explosivos. Um agente, que preferiu não se identificar, disse à agência de notícias Reuters que viu “pessoas desconhecidas colocando explosivos em um saco plástico”.

O ataque ocorreu durante um sermão na escola, dedicada aos estudos de árabe e do Corão. Segundo a agência AFP, a reunião estava sendo transmitida ao vivo pelo Facebook quando a explosão ocorreu.

O diretor de um dos hospitais que recebeu parte das vítimas disse que pelo menos quatro crianças estão entre os feridos e que há cinco vítimas em “estado crítico”.

Em uma rede social, o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, enviou condolências aos familiares das vítimas. "Quero assegurar à minha nação que os terroristas responsáveis por este ataque covarde e bárbaro sejam levados à Justiça o mais depressa possível", disse.

Embora a violência extremista tenha diminuído no país nos últimos anos, houve aumento nas hostilidades às forças de segurança na província de Khyber Pakhtunkhwa, onde fica a cidade de Peshawar.

Responsável por atentados recentes na região, o Taleban do Pasquistão divulgou uma declaração repudiando o ataque desta terça e negando qualquer envolvimento.