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Acusado de furar fila da vacina, chefe do Estado-Maior espanhol renuncia

Profissionais de saúde e idosos em casas de repouso compõem o grupo prioritário no momento

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Madri | AFP e Reuters

O chefe do Estado-Maior espanhol, general Miguel Ángel Villarroya, 63, apresentou sua renúncia neste sábado (23), após ser acusado de receber a vacina contra o coronavírus antes de grupos prioritários, anunciou a cúpula militar em um comunicado.

Miguel Ángel Villarroya Vilalta, general da Força Aérea Espanhola que renunciou ao cargo de chefe do Estado-Maior - Ministerio Defensa

Os critérios de acesso estabelecidos pelo Ministério da Saúde neste momento privilegiam profissionais de saúde e idosos em casas de repouso na Espanha.

"Com o objetivo de preservar a imagem das Forças Armadas, o general Villarroya apresentou neste sábado, à ministra da Defesa, seu pedido de demissão", afirmou o Estado-Maior em um comunicado.

A saída representa a primeira renúncia de alto escalão na Espanha desde o início da pandemia, que já causou mais de 55 mil mortes.

O ato ocorre um dia depois de o ministro da Defesa delegar ao próprio general Villarroya um informe sobre a situação de vários membros da liderança militar que se vacinaram contra o coronavírus. No começo da pandemia, Villarroya representou os militares em coletivas com a imprensa em que detalhava ações de tropas limpando casas de repouso e enfermarias.

Os espanhóis reagiram com indignação à notícia. Outros líderes militares também foram acusados de se vacinarem indevidamente contra o coronavírus.

“General Villarroya e outros colegas, minha companheira tem 67, tem alzheimer e é cega. Nós estamos esperando pela vacina. Estamos no primeiro grupo. Você é mais importante?”, disse o usuário do Twitter @Marcosendra1.

O general da Aeronáutica Villarroya acabou renunciando, afirmando, porém, que nunca teve a intenção de "tirar proveito de privilégios injustificáveis".

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