Siga a folha

Biden nega demanda de líder supremo do Irã e diz que não retirará sanções

Aiatolá Ali Khamenei havia dito que só voltaria a acordo nuclear se EUA retirassem punições antes

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Washington | AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou neste domingo (7) que não suspenderá as sanções contra o Irã até que o país cumpra retome a redução de sua produção nuclear, como estipulado no acordo de 2015.

Em uma entrevista ao canal CBS, Biden respondeu "não" ao ser questionado sobre a possibilidade de retirar as sanções impostas a Teerã na tentativa de obrigar o país a negociar e salvar o acordo nuclear. Ele acenou com a cabeça quando o jornalista perguntou se os iranianos deveriam parar de enriquecer urânio primeiro.

O presidente Joe Biden, durante discurso na Casa Branca - Kevin Lamarque - 5.fev.21/Reuters

Mais cedo neste domingo (7), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, chegou a afirmar que primeiro o governo dos Estados Unidos deveria suspender completamente as sanções contra seu país antes que o Irã voltasse a assumir os compromissos determinados pelo acordo nuclear de 2015.

"Se querem que o Irã volte a seus compromissos (...) os Estados Unidos devem suspender completamente as sanções, e não apenas de forma retórica ou no papel", afirmou Khamenei em um discurso para comandantes da Força Aérea.

O acordo nuclear foi firmado em 2015, quando os EUA eram chefiados pelo presidente democrata Barack Obama, com Joe Biden como vice. O Irã concordou em limitar seu programa nuclear em troca de alívio nas sanções econômicas.


Em 2018, contudo, o então presidente Donald Trump retirou os EUA do pacto, e retomou as sanções americanas de modo unilateral. Os outros países que seguiram no acordo mantiveram sua posição.

Estes bloqueios econômicos impedem empresas estrangeiras de fazer negócios com o Irã, sob risco de serem impedidas de comprar ou vender produtos com os EUA.

Após a decisão de Trump, o Irã foi ampliando aos poucos sua produção nuclear. Em janeiro, deixou o acordo de vez e disse que voltaria a enriquecer urânio sem respeitar restrições.

O acordo também envolvia Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia, que buscaram retomar o acordo nos últimos anos. Por sua vez, outros aliados americanos, como Israel e Arábia Saudita, saudaram o fim do acerto, pois desconfiavam que o Irã estivesse desrespeitando o combinado

O governo de Biden expressou sua vontade de reincorporar os Estados Unidos ao acordo mas insiste que, antes de tudo, Teerã deve cumprir totalmente seus compromissos firmados naquela ocasião.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas