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Sete países europeus voltam atrás e liberam vacina da AstraZeneca para idosos

Mais de 5,6 milhões de doses do imunizante já recebidas ainda estão nas prateleiras de países da União Europeia

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Bruxelas

[Austria e Dinamarca se uniram nesta sexta (5) a Alemanha, Bélgica, Grécia, Suécia e França e liberaram a aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca em adultos de todas as faixas etárias.

​Os sete países faziam parte de um grupo de cerca de dez nações que haviam barrado o imunizante para idosos por falta de dados sobre seu efeito em pessoas com mais de 55 anos. Resultados positivos no Reino Unido, onde ela é usada desde o começo de janeiro, fizeram os governos voltarem atrás.

A restrição de uso —e a insegurança que isso provocou no público—, deixaram 5,6 milhões de doses da vacina da AstraZeneca paradas nas prateleiras europeias (65% dos 8,7 milhões enviados aos 27 países membros da UE).

A Alemanha usou cerca de um terço das doses e, em países como França e Itália, foram injetados pouco mais de 20% dos volumes recebidos, segundo dados do centro de controle de doenças europeu (ECDC).

A premiê da Alemanha, Angela Merkel, em entrevista sobre relaxamento de restrições - Markus Schreiber - 3.mar.2021/AFP

No anúncio sobre a mudança de rumo, o governo alemão informou também que vai adotar o intervalo de 12 semanas entre as duas doses, seguindo a prática do Reino Unido (e do Brasil) —pesquisas mostraram que a proteção aumenta com essa medida.

O governo alemão também anunciou um desconfinamento gradual, com um "freio de emergência", segundo a premiê Angela Merkel, se o número de casos sair do controle. Livrarias, salões de beleza e lojas de jardinagem abrem a partir de segunda-feira, e até cinco pessoas de duas famílias poderão se reunir, com crianças menores de 14 anos isentas.

A vacina de Oxford/AstraZeneca já havia sido autorizada para todas as idades tanto pela agência regulatória da União Europeia quanto pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os fabricantes não fornecem dados sobre doses entregues ao Reino Unido, mas o imunizante é o principal do programa de vacinação britânico, que, no total, já administrou mais de 30 doses de vacina para cada 100 habitantes.

Com previsão de vacinar todos os adultos antes do final do primeiro semestre, a Inglaterra anunciou o relaxamento de restrições a partir da próxima semana, embora cientistas tenham alertado nesta quinta para o fato de que, em algumas regiões do país, o contágio esteja crescendo.

As dificuldades de distribuição de vacinas na União Europeia levaram alguns países, como Hungria e Eslováquia, a comprarem imunizantes que ainda não foram aprovados pela UE, como o Sputnik V, da Rússia. Com gargalos de produção, porém, a fabricante não enviou ainda a quantidade prometida.

O governo húngaro também contratou vacinas chinesas da Sinopharm, de quem recebeu 550 mil doses em meados de fevereiro.

ITÁLIA BARRA EXPORTAÇÃO

Apesar de ter usado um quinto das vacinas da AstraZeneca que recebeu, a Itália bloqueou nesta quinta um carregamento de 250 mil doses para a Austrália, segundo a mídia europeia.

No final de janeiro, depois que fabricantes cortaram remessas prometidas à UE, o bloco baixou uma regra pela qual imunizantes só podem ser exportados com autorização explícita das autoridades nacionais, sob confirmação da Comissão Europeia.

Na terça (2), a UE havia afirmado que recebera 150 pedidos de exportação e que todos eles haviam sido autorizados até então.

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