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'Claramente, somos muito diferentes', diz Boric sobre Bolsonaro

Na véspera, brasileiro disse ter mandado Itamaraty felicitar 'o tal Boric' por vitória no Chile

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São Paulo

O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, reagiu nesta sexta-feira (24) a comentários feitos por Jair Bolsonaro (PL) na véspera e afirmou: "Claramente, somos muito diferentes".

Na quinta (23), o líder brasileiro afirmou em live semanal que havia determinado ao Itamaraty felicitar "o tal Boric", após quatro dias de silêncio do governo sobre a vitória do esquerdista nas eleições presidenciais do Chile. Entre os principais países da América do Sul, o Brasil foi o último a se pronunciar.

O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, faz pronunciamento ao lado de integrantes da Assembleia Constituinte, em Santiago - Javier Torres - 21.dez.21/AFP

Já na quarta (22), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, escreveu no Twitter que a proposta de Boric de elevar impostos para financiar políticas sociais é "algo muito parecido com o que prometiam Chávez e Maduro", em referência ao ex-presidente e ao atual ditador da Venezuela.

Após tomar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 nesta sexta, Boric foi questionado sobre os comentários do presidente brasileiro e de seu filho. Segundo o jornal chileno La Terceira, o esquerdista respondeu: "Não havia visto isso, vamos analisar depois. Não farei declarações destemperadas. Creio que em políticas de Estado é preciso ser um pouco mais cuidadoso".

Boric, líder dos protestos estudantis de 2011, foi eleito presidente do Chile no domingo (19) ao derrotar o ultradireitista José Antonio Kast, candidato de apreço do bolsonarismo. Ao reunir o apoio de 4,6 milhões de eleitores, o nome da Frente Ampla se tornou o candidato mais votado da história chilena.

Em uma eleição em que os partidos tradicionais foram rejeitados nas urnas, Boric, 35, representa uma nova geração de políticos que surgiram com as revoltas estudantis de 2011.

Para conseguir o apoio necessário para a vitória, porém, ele moderou o discurso e se reconciliou com a Concertação, aliança de centro-esquerda que governou o Chile por 20 anos.

Ao longo da campanha, Boric também fez críticas aos regimes de esquerda em Cuba, Nicarágua e Venezuela, acusados de minar as instituições democráticas e de violar os direitos humanos.

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