Três dias após dar início à invasão da Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, determinou que as forças nucleares do país entrem em alerta de combate devido às críticas feitas por países da Otan (aliança militar ocidental) à guerra. Na prática, isso significa que os caminhos burocráticos entre a ordem de lançar uma ogiva nuclear e os militares na ponta estão encurtados.

O gesto acendeu um alerta em todo o mundo pelo temor de uma nova escalada nuclear —ainda que todos os países detentores da bomba no Conselho da Segurança das Nações Unidas tenham assinado documento se comprometendo a não iniciar um conflito atômico. Nesta quarta (2), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou em entrevista que "ninguém ganha uma guerra nuclear, todos perdem".

Rússia e EUA concentram 90% das ogivas nucleares do mundo, uma herança da primeira Guerra Fria, mais do que suficientes para pôr um fim à humanidade. Até aqui, americanos e aliados têm insistido em que não cruzarão as fronteiras ucranianas, justamente para evitar um confronto com os russos.

Compare, a seguir, o tamanho do arsenal nuclear de Rússia, EUA e outros países.