Um avião que se preparava para decolar retornou a um dos portões do aeroporto Ben Gurion, em Israel, nesta terça (10), após fotos de desastres aéreos surgirem nos telefones celulares dos passageiros do voo.

Autoridades israelenses afirmaram acreditar que nove pessoas a bordo da aeronave usaram a função AirDrop, presente em celulares da Apple, para enviar os registros a outros passageiros.

O incidente, num voo da companhia aérea AnadoluJet que iria para Istambul, não teria sido, portanto, fruto de um ciberataque, de acordo com Ofer Lefler, porta-voz do órgão que controla os aeroportos de Israel.

Os nove suspeitos, descritos pela polícia como cidadãos israelenses que estavam na aeronave como passageiros, foram retirados do local e podem ser processados por disseminação de informações falsas. No país, uma ofensa do tipo pode gerar a pena máxima de três anos de detenção.

"Tenho certeza de que a polícia e as autoridades de segurança vão descobrir quem fez isso", disse Lefler à emissora local Canal 12. Passageiros alarmados pelas imagens informaram os comissários de bordo, e o piloto tomou a decisão correta em retornar a aeronave para o portão, acrescentou o porta-voz.

"Uma mulher desmaiou, outra teve um ataque de pânico", afirmou uma passageira, identificada apenas como Diana, também ao Canal 12. O voo acabou partindo horas mais tarde, após uma verificação de segurança no avião, nas bagagens e também nos passageiros, de acordo com Lefler.

O AirDrop, que o porta-voz apontou como meio para o envio das imagens, permite aos usuários de iPhone enviar arquivos a outros aparelhos próximos, desde que a pessoa aceite o recebimento do registro.