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'Que crime Assange cometeu?', diz Lula, em defesa de fundador do Wikileaks

Petista elogia australiano, que pode ser extraditado aos EUA, e afirma que ele deveria receber prêmio Nobel

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a corrida eleitoral ao Planalto, comentou nesta sexta (17) a aprovação concedida pelo Reino Unido para a extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange, para os EUA, anunciada mais cedo. "Que crime Assange cometeu?", questionou o petista.

Lula abriu sua fala em um evento partidário de cultura em Maceió pedindo uma homenagem a Assange. "Se ele for para os EUA, extraditado, certamente é prisão perpétua e certamente ele morrerá na cadeia."

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento em Porto Alegre - Diego Vara - 1º.jun.22/Reuters

"Nós, que estamos aqui falando de democracia, precisaremos perguntar: 'Que crime o Assange cometeu?' É o crime de falar a verdade, mostrar que os EUA, por meio de seu departamento de investigação, sei lá se da CIA, estava grampeando muitos países do mundo, inclusive grampeando a presidenta Dilma Rousseff."

Lula ainda afirmou que Assange denunciou "as falcatruas feitas no país mais importante do planeta" e que o australiano deveria "estar recebendo o Prêmio Nobel, o Oscar de decência e de coragem".

Em 2015, o WikiLeaks divulgou informações confidenciais da Agência Nacional de Segurança dos EUA que revelavam que o governo americano espionava a então presidente Dilma, além de assessores e ministros. Ao todo, 29 telefones de membros e ex-integrantes da gestão petista haviam sido grampeados.

Antes, Assange já havia sido responsável por um dos maiores vazamentos de documentos secretos das Forças Armadas americanas. Por isso, o australiano é procurado por autoridades do país devido a 18 acusações criminais, incluindo espionagem relacionada à divulgação dos papéis confidenciais.

Após um longo imbróglio judicial, a ministra do Interior britânica, Priti Patel, aprovou nesta sexta-feira a extradição do fundador do Wikileaks. Em nota, a pasta disse que os tribunais do país "não consideraram que a extradição seria opressiva, injusta ou um abuso de processo". O australiano, no entanto, pode recorrer, e o fará, como confirmou sua esposa, Stella, em pronunciamento após o anúncio.

Segundo a nota do Ministério do Interior, ele mantém o "direito de recorrer da decisão em até 14 dias", podendo apelar à Alta Corte de Londres, que tem de dar sua aprovação para que a contestação prossiga.

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