Siga a folha

Lula se reúne com representantes da embaixada dos EUA

Às vésperas da eleição, encontro é sinal da atenção da diplomacia americana à disputa eleitoral

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato que lidera as pesquisas para as eleições deste ano, se reúne nesta quarta-feira (4) com autoridades dos Estados Unidos, entre elas o encarregado de negócios da embaixada americana no Brasil, Douglas Koneff. O encontro acontece em um hotel de São Paulo.

O ex-chanceler Celso Amorim e o senador Jacques Wagner, dois nomes de confiança do petista em relação à política externa, também estão presentes. A reunião foi inicialmente informada pela CNN Brasil.

A Folha entrou em contato com a embaixada americana no Brasil, mas até a última atualização deste texto não havia recebido retorno.

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante entrevista em São Paulo - Miguel Schincariol -12.set.22/AFP

O encontro indica a atenção da diplomacia americana à disputa eleitoral. No início do mês, parlamentares dos EUA entregaram uma carta a Joe Biden alertando sobre riscos às instituições democráticas brasileiras e citando nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Meses antes, em junho, segundo o Departamento de Estado, o americano afirmou ao brasileiro que acredita no sistema eleitoral do Brasil, indo na contramão de declarações de Bolsonaro, sem provas, sobre supostas fraudes em eleições passadas e nas de outubro –no último fim de semana, o presidente disse que uma possível derrota nas urnas seria resultado de "algo de anormal" no Tribunal Superior Eleitoral.

"A gente sabe que haverá eleições no Brasil em outubro. Entendemos perfeitamente a preocupação do povo brasileiro com esse tema. Tanto que, na reunião, o próprio presidente Bolsonaro falou que respeita a democracia e que vai respeitar o resultado. Nós, obviamente, levamos a sério as palavras que saem da boca do presidente, que é a autoridade máxima do país", disse uma porta-voz da chanceleria americana à época do encontro entre Biden e Bolsonaro, na Cúpula das Américas.

As ações de Washington em relação às eleições brasileiras reforçam o desinteresse dos EUA em embarcar em eventuais movimentos golpistas de Bolsonaro. Lula, por sua vez, tem demonstrado alinhamento ao discurso de Biden em alguns temas.

No final de agosto, a jornalistas estrangeiros, o petista adotou tom semelhante ao do democrata em relação a políticas de combate à emergência climática, pedindo uma aliança internacional sobre o tema. Por outro lado, em entrevista à revista Time, Lula criticou os EUA por, segundo ele, estimular a Guerra da Ucrânia.

Bolsonaro esteve em Nova York nesta terça (20), onde discursou na Assembleia-Geral da ONU. Não se reuniu, porém, com nenhuma autoridade americana durante a viagem e teve uma agenda bastante enxuta.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas