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Descrição de chapéu China

China relaxa restrições contra Covid enquanto registra aumento de casos em Guangzhou

Novas normas facilitam entrada de turistas estrangeiros no país e reduzem controle estatal sobre quem teve contato com infectados

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Pequim | AFP

A China anunciou, nesta sexta-feira (11), o relaxamento de algumas restrições para conter a Covid-19, especialmente aquelas destinadas a turistas estrangeiros. A medida foi divulgada no momento em que a nação asiática volta a registrar o aumento de casos da doença em algumas regiões do país.

Entre as alterações anunciadas está a redução do período de quarentena para viajantes que entram no país. Inicialmente, essas pessoas precisavam ficar dez dias isoladas antes de circular pelas ruas; a nova norma reduz o prazo para oito dias, sendo cinco em centros de isolamento administrados pelo regime. Durante esse período, os viajantes precisarão ainda fazer seis testes de PCR.

Mulher faz teste de Covid-19 em uma rua de Pequim - Jade Gao - 10.nov.22/AFP

Além disso, pessoas que chegassem ao país eram obrigadas a apresentar dois testes PCR feitos até 48 horas antes de embarcar para a China –agora, será necessário apenas um.

As autoridades também acabaram com um sistema de cancelamento repentino de rotas aéreas. A medida servia como punição às companhias que transportavam certa quantidade de passageiros com o vírus.

Segundo o regime, as novas regras ainda permitirão que executivos e grupos esportivos ignorem a quarentena, desde que permaneçam em um "circuito fechado" durante sua estadia no país.

As medidas anunciadas nesta sexta também alteram algumas regras para moradores locais. A partir de agora, por exemplo, as autoridades de saúde deixarão de solicitar a identificação e o isolamento de pessoas que tiveram contato com um infectado.

Além disso, o rígido sistema doméstico de controle da doença, antes com três níveis, agora passará a ter apenas dois: alto e baixo. Aquelas pessoas que saírem de áreas de alto risco para áreas de baixo risco precisarão ficar sete dias isoladas em casa e não mais em instalações estatais –áreas de baixo risco são aquelas que não registraram nenhum caso de Covid por cinco dias consecutivos.

Trabalhadores em setores onde a exposição ao vírus é maior, como tripulantes de aeronaves, funcionários de centros de isolamento e de aeroportos, poderão ficar sujeitos a quarentenas menores, apontou o comunicado.

Tais decisões foram discutidas na quinta (10), em uma reunião do Comitê Permanente do Partido Comunista, e foram aprovadas pelo líder chinês, Xi Jinping. O anúncio segue o aumento do número de casos de Covid no país; nesta sexta, o Ministério da Saúde anunciou 10.535 novas infecções, com a maioria dos infectados assintomática.

Trata-se de um número modesto se comparado a taxas de infecção de outros países, mas é expressivo para a China, onde surtos do tipo têm sido controlados assim que surgem, com medidas que incluem a imposição de lockdowns a cidades e províncias inteiras, o fechamento de fábricas e de estabelecimentos comerciais e o confinamento de milhões de pessoas em suas casas por semanas.

O principal foco atual é Guangzhou, polo fabril no sul do país. Segundo o jornal South China Morning Post, as infecções na cidade estão sendo guiadas por uma variante descoberta em Xangai em julho, a ômicron BA.5.2 —diferente da linhagem que vem provocando aumentos de casos nos EUA, na Europa e no Brasil, a BQ.1.

Ainda de acordo com o veículo, o regime chinês ordenou a realização de testes de detecção da Covid nos nove distritos de Guangzhou em que foram reportados 90% dos casos e declarou quarentena em um dos bairros, Haizhu, no centro da cidade.

Além de Guangzhou, Pequim e outras cidades vitais para a economia do país, como Zhengzhou e Chongqing, também registraram altas de casos e adotaram medidas semelhantes. Na última, oficiais fecharam karaokês, boates e outros locais de lazer citando uma situação "complexa e severa". Até agora, não houve, entretanto, anúncios de um lockdown como o que paralisou Xangai por mais de dois meses.

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