Estado Islâmico anuncia morte do segundo líder em um ano
Abu al-Hassan al-Hashemi al-Quraishi havia assumido a chefia da organização terrorista em março
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O líder do Estado Islâmico, Abu al-Hassan al-Hashemi al-Quraishi, foi morto em combate, disse um porta-voz do grupo jihadista em uma mensagem de áudio publicada num canal do Telegram nesta quarta (30).
A declaração afirma que o líder morreu "enquanto lutava contra os inimigos de Deus", sem dar mais detalhes, acrescentando que o novo "califa dos muçulmanos" —como a organização terrorista denomina seus chefes— será Abu al-Husayn al-Husayni al-Quraishi.
O nome al-Qurashi está associado ao de famílias que se declaram descendentes de Maomé, característica essencial para que um homem possa ser considerado califa.
Segundo as Forças Armadas dos Estados Unidos, Hashemi morreu em uma operação do chamado Exército de Libertação Síria, grupo rebelde que luta contra o ditador Bashar al-Assad, na província de Daraa, em meados de outubro.
O comunicado, divulgado nesta quarta, afirma que o EI "continua sendo uma ameaça para a região" e que as forças americanas e seus parceiros "seguem focados na derrota duradoura" da organização.
A Casa Branca celebrou a notícia da morte. "Damos as boas-vindas ao anúncio de que outro líder do EI não está mais andando na face da Terra", afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, acrescentando que a inteligência ainda estava analisando os relatórios sobre o caso.
Hashemi é o segundo líder do EI morto neste ano. Seu antecessor, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Quraishi, detonou o cinto explosivo que levava junto ao corpo em fevereiro, durante uma operação dos EUA na Síria.
Nascido no Iraque, Hashemi era irmão do ex-califa do EI Abu Bakr al-Baghdadi, morto em 2019, e se juntou ao terrorismo após a ação dos EUA que levou à queda do ditador iraquiano Saddam Hussein em 2003.
Ele também foi chefe da Shura, conselho que orienta a estratégia do EI e decide a sucessão da liderança quando um califa é morto ou capturado. Na época de sua nomeação como califa, duas autoridades de segurança do Iraque e uma fonte ligada a serviços de segurança do Ocidente disseram à agência de notícias Reuters que o nome verdadeiro de Hashemi era Juma Awad al-Badri.
O Estado Islâmico emergiu do caos da guerra civil na Síria na última década e assumiu vastas áreas do país e do Iraque em 2014. De uma mesquita na cidade iraquiana de Mossul, Baghdadi declarou um califado islâmico naquele ano e se proclamou califa de todos muçulmanos.
O regime brutal, que matou e executou milhares de pessoas em nome de sua interpretação radical do islã, chegou ao fim em Mossul quando forças iraquianas e internacionais derrotaram o grupo em 2017. Nos últimos anos, os milhares de militantes remanescentes vivem escondidos, mas ainda são capazes de realizar ataques significativos.
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