Militantes islâmicos atacaram um hotel usado por funcionários do governo na capital da Somália, Mogadício, na noite deste domingo (27), no horário local, informaram a polícia e testemunhas. Este é o segundo atentado do tipo em poucos meses.
A facção terrorista Al Shabaab, ligado à Al Qaeda, que controla grandes áreas do país, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, dizendo em um comunicado que tinha como alvo o palácio presidencial próximo. Não se sabe quantos agressores levaram a ação a cabo.
"Fomos abalados por uma grande explosão, seguida de intensa troca de tiros", afirmou Ahmed Abdullahi, que mora perto do local. "Estamos apenas dentro de casa e ouvindo tiros."
As forças de segurança resgataram funcionários do governo e membros do público que estavam presos no hotel Villa Rose, no distrito de Bondhere, disse a emissora estatal SNTV no Twitter.
Alguns funcionários do governo no Villa Rose foram resgatados depois de usar as janelas para escapar, disse Mohammed Abdi, um dos policiais.
O ministro do Meio Ambiente, Adam Aw Hirsi, escreveu no Twitter que estava seguro após uma "explosão terrorista direcionada à minha residência" no hotel, onde muitos funcionários do governo se hospedam.
O presidente Hassan Sheikh Mohamud, que foi reeleito em maio, vem conduzindo uma ofensiva militar contra o Al Shabaab. A facção tenta derrubar o governo somali há mais de dez anos, com planos de implementar um regime baseado numa interpretação radical das leis islâmicas.
Em agosto, um ataque semelhante a um hotel Hayat, também encabeçado pela Al Shabaab, deixou 21 pessoas mortas e 117 feridas. O episódio terminou com os agressores mortos após forças de segurança bombardearem o prédio. O ataque daquele mês foi o primeiro de grandes proporções desde que o presidente Hassan Sheikh Mohamud reassumiu o poder.
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