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Policial acusado de apagar alertas da tragédia do Halloween em Seul é encontrado morto

Causa da morte não foi revelada; agente era responsável pela inteligência do bairro onde desastre ocorreu

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Seul | Reuters

Um policial investigado pela tragédia no Halloween da Coreia do Sul foi encontrado morto nesta sexta (11) em seu apartamento em Seul, segundo a agência de notícias Yonhap. A causa da morte não foi revelada.

Identificado apenas pelo sobrenome Jeong, o agente estava a cargo da inteligência do Distrito Policial de Yongsan, repartição responsável pela segurança em Itaewon. Tradicional pela atmosfera boêmia, o bairro foi palco do episódio que deixou 156 mortos, a maioria dos quais entre 20 e 30 anos, além de 198 feridos.

Equipe médica socorre ferido na tragédia do Halloween em Seul que matou 159 - Jung Yeon-Je - 30.out.22/AFP

Em 29 de outubro, quando 100 mil pessoas foram à região, centenas foram prensadas em um beco junto à saída de uma estação de metrô —alguns morreram pisoteados e outros, asfixiados pela multidão.

Jeong, 55, entrou na mira da investigação depois de ser acusado de apagar informes de inteligência que alertavam para o risco de um acidente grave. Em sessão na segunda-feira (7), parlamentares sul-coreanos criticaram a suposta exclusão dos arquivos e pediram a punição dos responsáveis.

A resposta ao pedido dos legisladores partiu do comissário-geral da Polícia Nacional, Yoon Hee-keun, que atribuiu a responsabilidade ao cargo de Jeong e determinou que ele fosse investigado.

A polícia tem sido duramente criticada pela população, que questiona a resposta à tragédia, especialmente após a divulgação dos chamados de emergência. Liberadas na terça passada (11), as transcrições mostram que a corporação foi alertada sobre a situação horas antes de o desastre vir a cabo.

No dia da tragédia, testemunhas relataram sinais claros de problemas nos becos antes do incidente. Moon Ju-young, 21, disse à agência de notícias Reuters que a região "estava pelo menos dez vezes mais lotada do que o normal" e que os agentes tinham dificuldades para manter o controle da multidão.

João Brasil, 23, estudante de Belo Horizonte que faz intercâmbio em Seul, contou à Folha que o bairro de Itaewon, tradicionalmente cheio aos finais de semana, estava tão lotado na ocasião que era difícil caminhar. Ele diz ter entrado numa rua estreita com amigos quando uma multidão veio no sentido oposto.

As ruas da capital foram tomadas no sábado seguinte (5), quando milhares de sul-coreanos marcharam juntos em uma vigília, para prestar solidariedade às famílias e homenagear as vítimas.

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