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Greta Thunberg é detida na Alemanha em protesto contra mina de carvão

Ativista ambiental sueca foi levada por policiais com grupo que realizava manifestações na cidade de Lützerath

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Lützerath (Alemanha) | Reuters

A ativista ambiental Greta Thunberg, 20, foi detida nesta terça-feira (17) durante protestos realizados próximos a Lützerath, vila no oeste da Alemanha, para chamar a atenção para a crise climática —segundo a polícia, ela foi liberada pouco depois de ter sua identidade confirmada.

A sueca protestava contra a expansão de uma mina de carvão no local, que já registrou outros confrontos entre agentes e ativistas —inclusive com a presença dela, em um ato no fim de semana em que havia 35 mil pessoas.

Policiais carregam a ativista ambiental na Alemanha - Christoph Reichwein - 17.jan.23/AFP

Outros manifestantes que a acompanhavam nesta terça também foram detidos e liberados pouco depois, mas a cena que mais chamou a atenção foi a de Greta sendo levada por três agentes, segurada pelos braços após sentar no entorno da mina e depois escoltada até um ônibus das forças de segurança. Os agentes haviam dito que os manifestantes seriam retirados à força caso não saíssem do entorno da mina.

Imagens publicadas nas redes sociais mostraram a cena. A ativista não aparentou oferecer resistência e chegou a acenar para fotógrafos, com expressão tranquila, enquanto aguardava os trâmites da polícia no veículo.

Um porta-voz da corporação informou à agência Reuters que um manifestante chegou a saltar em um poço mina antes de ser detido. Segundo ele, o grupo ficou detido por "várias horas" —sem ser formalmente preso— porque havia "muitos manifestantes", sem que um número exato fosse informado.

Lützerath, na província de Renânia do Norte-Westfália, começou a atrair a atenção de ambientalistas há cerca de dois anos, após o surgimento de rumores de que o local seria destruído para permitir a exploração a céu aberto de linhito, uma forma inferior do mineral fóssil chamada de "carvão marrom" em alemão.

Em outubro, o governo anunciou que a área tinha sido vendida à RWE, maior empresa de energia do país. A justificativa estatal foi a de que era necessário combustível fóssil para compensar a falta de gás russo em meio à crise energética provocada pela Guerra da Ucrânia.

Greta já vinha apoiando a mobilização antes de se somar pessoalmente aos atos. Ela disse que a expansão da mina Garzweiler 2 representa uma traição às gerações atuais e futuras. "A Alemanha é um dos maiores poluidores do mundo e precisa ser responsabilizada."

O governo alemão havia se comprometido a antecipar a eliminação do uso do carvão na Renânia do Norte-Westfália até 2030 —a meta nacional é 2038—, de modo que ativistas apontam uma contradição entre a promessa e a ampliação da mina.

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