O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, demitiu o chefe da guarda presidencial na quinta-feira (9), dois dias depois de dois de seus membros terem sido acusados de planejar o assassinato do chefe de Estado.
Zelenski emitiu um decreto para demitir Serhi Rud, mas não indicou o motivo nem um substituto. Segundo a Ukrinform, mídia estatal da Ucrânia, Rud foi nomeado em outubro de 2019 para ser o principal guarda-costas de Zelenski.
O Serviço de Segurança do Estado (SBU) disse nesta semana que havia capturado dois coronéis sob a acusação de planejar matar Zelenski e outros altos funcionários, entre eles o próprio diretor do SBU, Vasil Maliuk, e Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar.
Eles foram acusados de realizar "atividades subversivas contra a Ucrânia em troca de compensação financeira", disse o gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia.
Segundo a investigação do SBU, os assassinatos seriam um presente para Vladimir Putin quando ele fosse empossado para um novo mandato no Kremlin, o que ocorreu na última terça-feira (7).
De acordo com o órgão, os homens foram recrutados pelo Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB). Eles teriam sido encarregados de encontrar alguém próximo à guarda presidencial que levaria Zelenski como refém e depois o mataria. Não foram divulgados detalhes sobre o quanto o suposto complô tinha avançado antes de os suspeitos serem presos. Moscou não comentou o anúncio feito pelo SBU.
Zelenski afirmou no ano passado que seus serviços de segurança já haviam frustrado pelo menos cinco planos da Rússia para assassiná-lo.
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