Professora é morta a facadas por aluno em escola na França
Autoridades até agora descartam atentado terrorista e consideram possíveis transtornos psiquiátricos do agressor
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Um aluno de 16 anos esfaqueou e matou uma professora em uma escola particular católica em Saint-Jean-de-Lu, a cerca de 780 km de Paris, na França, nesta quarta (22). O estudante foi detido.
Não foram divulgados os nomes do agressor e da professora. A docente dava aulas de espanhol no colégio Saint-Thomas d'Aquin e teria por volta de 50 anos de idade. Até o momento, as autoridades descartam motivação terrorista e consideram a possibilidade de eventuais transtornos psiquiátricos do estudante como explicação inicial para a agressão.
Segundo um professor que estava na escola, o jovem afirmou ouvir vozes que o instruíram a agredir a professora. Dois alunos presenciaram o esfaqueamento, e um deles disse que o agressor "se aproximou bastante calmo da professora e a esfaqueou no peito sem dizer nada".
De acordo com Jérôme Bourrier, procurador da República na comuna próxima de Bayonne, o jovem não tinha passagem pela polícia ou pela Justiça francesa. Bourrier também informou que uma investigação trabalha com a hipótese de crime de morte com premeditação.
O ministro da Educação francês, Pap Ndiaye, declarou estar "imensamente consternado" com o caso e que visitará a escola. Segundo o jornal Le Monde, trata-se do primeiro assassinato de um docente sob sua gestão no país, que viu em 2020 o professor Samuel Paty ser decapitado por extremistas religiosos em Conflans Sainte-Honorine, no subúrbio de Paris.
"É um dia triste para a educação nacional", afirmou o ministro. "Os professores pediram notícias antes de tudo de seus alunos. Ficamos impressionados pela dignidade e pela solidariedade [demonstradas por eles]. Isso mostra a força e a solidez da comunidade pedagógica."
Segundo Ndiaye, estudantes da sala que presenciaram o ataque e os alunos das duas outras classes do mesmo ano escolar —cerca de 90 alunos— foram atendidos por psicólogos. Rudolf Cassarro, secretário acadêmico do sindicato de professores de estabelecimentos de ensino católicos, descreveu a professora como "muito experiente, querida por colegas e alunos e sem qualquer problema na escola".
Com Reuters e AFP
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