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Minneapolis aprova projeto de reforma policial três anos após morte de George Floyd

Texto determina que a polícia não pare veículos por infrações menores e que a força seja usada apenas se necessário

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Belo Horizonte

A cidade americana de Minneapolis anunciou, nesta sexta-feira (31), que aprovou um projeto de reforma policial, quase três anos depois que George Floyd morreu asfixiado pela pressão do joelho de um policial.

Manifestantes levantam punho em protesto após o veredito do julgamento do ex-policial Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd, em Atlanta, na Geórgia - Elijah Nouvelage - 20.abr.21/AFP

A morte de Floyd gerou protestos em todo o país e no mundo, sob o lema "Black Lives Matter". A polícia foi duramente criticada por seus métodos, e uma investigação concluiu no ano passado que o drama ocorreu em um contexto de "discriminação racial" generalizada dentro das forças de segurança de Minneapolis.

"Hoje, confrontamos nosso passado e avançamos com uma estratégia para uma mudança significativa em nossa cidade", informou o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey. "Nosso objetivo primordial será construir um enfoque melhor e mais justo para a vigilância e segurança da comunidade em Minneapolis."

O acordo entrará em vigor assim que for ratificado por um tribunal. O texto, de mais de 140 páginas, determina que a polícia não pare mais veículos devido a certas infrações menores, e que a força seja usada apenas se necessário, e "de forma proporcional à ameaça recebida".

Além disso, armas de choque do tipo Taser devem ser usadas apenas se a polícia tiver um motivo para realizar uma prisão, e se for necessário para "proteger o policial, o indivíduo ou um terceiro".

A decisão de Minneapolis segue o lastro de algumas regulamentações semelhantes aprovadas a nível federal. Em março de 2021, a Câmara dos Representantes dos EUA chegou a aprovar a chamada Lei George Floyd de Justiça no Policiamento, que proíbe táticas policiais polêmicas, como o estrangulamento, e facilita o indiciamento de agentes que violarem direitos de suspeitos. A medida, entretanto, parou no Senado, onde precisava de 60 dos 100 votos da Casa para ser efetivada.

Nova tentativa foi frustrada em janeiro de 2022. A Casa Branca, já no governo de Joe Biden, preparava uma ordem executiva que previa mudanças na forma de atuação dos policiais, restringindo, por exemplo, o uso de tiros e invasões a residências. À época, o rascunho do projeto foi vazado, o que alimentou críticas dos agentes e de ativistas de direita. O presidente recuou da ideia devido à pressão.

Com AFP

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