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Tempestades na China deixam ao menos 15 mortos e 4 desaparecidos

Na Holanda, onde ventos chegaram a 145 km/h, mulher morre após ter carro atingido por árvore

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São Paulo

Na mesma semana em que foi registrado o dia mais quente no planeta, chuvas intensas provocaram desastres em vários locais do globo, da Ásia à Europa.

Na China, temporais haviam deixado ao menos 15 mortos e quatro desaparecidos até esta quarta-feira (5). Na mesma data, a Holanda registrou sua tempestade mais intensa desde 2018, que causou uma morte e provocou caos nos sistemas aéreo e ferroviário do país.

Socorristas tentam resgatar morador cuja casa foi inundada, no distrito de Wanzhou, no sudoeste da província chinesa de Chongqing - Feng Tao - 4.jul.23/Xinhua

Uma das regiões mais atingidas foi a de Chongqing, no sudoeste, que concentra 31 milhões de habitantes. Lá, mais de 130 mil pessoas tiveram seus cotidianos afetados pela tempestade, com uma ponte ferroviária desabando e a água inundando prédios residenciais e arrastando entulhos pelas ruas.

Enquanto isso, na província vizinha de Sichuan, mais de 460 mil foram afetados —85 mil deles foram obrigados a abandonar suas casas.

O país registra há várias semanas fenômenos meteorológicos extremos, de chuvas intensas a ondas de calor escaldantes, algo que especialistas creditam à crise climática. Moradores da capital Pequim e de outras localidades têm sido com frequência aconselhados a permanecer em suas casas devido ao calor, com os termostatos registrando números superiores a 35°C —em junho, a cidade registrou 41,1°C, maior temperatura desde o início dos registros, em 1961.

Enquanto isso, o Ministério das Finanças liberou 320 milhões de yuanes (R$ 212 milhões) para emergências e resgates nas regiões mais afetadas. E o líder do regime chinês, Xi Jinping, ordenou que autoridades locais "priorizem a segurança e a manutenção das propriedades da população", de acordo com a agência estatal Xinhua.

Mesmo pelo tamanho de sua população —é hoje o segundo país mais populoso do mundo, atrás da Índia—, a China apresenta um dos maiores números de pessoas obrigadas a deixar suas casas por eventos climáticos extremos. Em 2022, foram mais de 3,6 milhões de deslocados internos por esses motivos, segundo levantamento do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno.

Já a Europa viu um de seus principais aeroportos, o Schipol, em Amsterdã —onde aterrissam voos procedentes da Ásia e do Oriente Médio, entre outros—, anunciar o cancelamento de 400 voos depois que a tempestade Poly provocou chuvas torrenciais e ventos similares aos de um furacão.

Rajadas de vento de 145 km/h atingiram a costa do mar do Norte, derrubando árvores que impediam o tráfego e danificavam carros e residências flutuantes ao longo dos canais de Amsterdã. Uma delas caiu sobre o carro de uma mulher de 51 anos em Haarlem, perto da cidade, que morreu. Agentes da Guarda Costeira ainda resgataram pessoas em embarcações perto de Volendam e de Urk, no norte.

Passageiros aguardam em fila no aeroporto de Schiphol, perto de Amsterdã, que teve 400 voos cancelados - Koen van Weel/ANP/via AFP

Trens de alta velocidade com destino a Londres, no Reino Unido, e Colônia e Hamburgo, na Alemanha, também foram suspensos, assim como muitos serviços de trem nacionais. Chuvas tão fortes no país costumam se limitar ao período de outubro a abril —a última do tipo ocorrida em um verão foi em 2015, e foi a primeira em um século.

Com AFP e Reuters

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