Siga a folha

Descrição de chapéu mídia jornalismo

Nobel da Paz Maria Ressa é absolvida de segunda acusação nas Filipinas

Cofundadora do site Rappler é crítica do ex-presidente Rodrigo Duterte e já havia vencido ação semelhante em janeiro

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Manila | Reuters

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2021, a filipino-americana Maria Ressa, e o site de jornalismo investigativo Rappler, do qual ela é cofundadora, foram absolvidos de fraude fiscal por um tribunal nesta terça-feira (12, noite de segunda no Brasil), nas Filipinas, em mais uma vitória judicial para a jornalista contra ações movidas pelo governo do ex-presidente Rodrigo Duterte.

Ressa e o Rappler ganharam reputação internacional pela cobertura crítica à controversa guerra às drogas de Duterte, incentivador de execuções extrajudiciais de suspeitos envolvidos com o tráfico desde o início de seu mandato, em 2016, o que resultou em milhares de assassinatos sem julgamento no país.

Jornalista Maria Ressa durante evento do Prêmio Nobel, em Washington D.C., em maio - Andrew Caballero-Reynolds - 24.mai.23/AFP

Após o anúncio do veredicto nesta terça, Ressa disse aos repórteres que se sentia "bem" com a decisão do tribunal. A absolvição da jornalista era esperada depois que ela foi inocentada de acusações fiscais semelhantes em janeiro.

"A vitória na corte encerrou quatro anos e dez meses do julgamento de uma ação iniciada sob a gestão do ex-presidente Rodrigo Duterte em novembro de 2018, dois meses depois que uma ordem de fechamento contra o Rappler foi emitida sob a alegação do governo de que a empresa era de propriedade estrangeira —o Rappler, no entanto, é uma companhia 100% filipina", afirma notícia da absolvição veiculada pelo Rappler.

Ressa está atualmente em liberdade após pagar fiança relativa a um caso em que foi condenada, em 2020, por difamação cibernética, em uma das várias ações contra o site movidas por agências do governo. Ela nega as acusações e argumenta que são todas politicamente motivadas. Ela e Reynaldo Santos Jr., um pesquisador do Rappler, aguardam resultado da apelação relativa a esse processo, atualmente na Suprema Corte filipina.

O atual presidente do país, Ferdinand Marcos Jr., que está no cargo há 14 meses, disse que não interferiria nos casos judiciais envolvendo o Rappler, embora organizações internacionais pressionem pelo fim do que chamam de campanha de repressão contra a mídia independente.

O site ainda opera sem impedimentos enquanto aguarda recurso relativo a uma ordem de fechamento do regulador de valores mobiliários na Corte de Apelação do país.

As Filipinas ocupam a 132ª posição entre 180 países no Índice de Liberdade de Imprensa Mundial, que descreve a imprensa do país como "extremamente vibrante apesar dos ataques direcionados do governo e do assédio constante" contra jornalistas que são "muito críticos".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas