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Descrição de chapéu Iraque LGBTQIA+

Iraque criminaliza relações entre pessoas do mesmo sexo e mudança de gênero

Lei também prevê até três anos de prisão para quem mudar seu 'gênero biológico'

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Bagdá | Reuters

O Parlamento iraquiano aprovou neste sábado (27) uma lei que criminaliza as relações entre pessoas do mesmo sexo com uma pena máxima de 15 anos de prisão. A medida, segundo o Parlamento, visa defender os valores religiosos, mas foi condenada por defensores dos direitos humanos como o mais recente ataque à comunidade LGBTQIA+ no Iraque.

A lei visa "proteger a sociedade iraquiana da depravação moral e dos apelos à homossexualidade que tomaram conta do mundo", de acordo com uma cópia da lei vista pela agências de notícias Reuters.

Parlamentares iraquianos votam durante sessão sobre o orçamento federal - Divulgação Parlamento do Iraque - 11.jun.2023/Reuters

A legislação foi apoiada principalmente por partidos muçulmanos xiitas conservadores, que formam a maior coalizão no Parlamento iraquiano, de maioria muçulmana.

A Lei de Combate à Prostituição e à Homossexualidade proíbe as relações entre pessoas do mesmo sexo, com pena mínima de 10 anos e máxima de 15 anos de prisão, e determina pelo menos sete anos de prisão para qualquer pessoa que promova a homossexualidade ou a prostituição.

Também impõe de um a três anos de prisão para quem mudar seu "gênero biológico" ou a homens que se vestirem intencionalmente de forma afeminada.

Inicialmente, o projeto de lei incluía a pena de morte para atos entre pessoas do mesmo sexo, mas foi alterado antes de ser aprovado após forte oposição dos Estados Unidos e de países europeus.

Até sábado, o Iraque não criminalizava explicitamente o sexo gay, embora cláusulas de moralidade vagamente definidas em seu código penal tenham sido usadas para atingir pessoas LGBT+, e membros da comunidade também tenham sido mortos por grupos e indivíduos armados.

O Departamento de Estado dos EUA disse que a lei iraquiana ameaça os direitos humanos e as liberdades, e que pode vir a enfraqueceer a habilidade do país de diversificar sua economia e atrais investimento estrangeiro.

"A aprovação da lei anti-LGBT+ pelo Parlamento carimba o terrível histórico iraquiano de violações de direitos contra pessoas LGBT+ e é um sério golpe contra os direitos humanos fundamentais", disse Rasha Younes, vice-diretora do programa de direitos LGBT+ da Human Rights Watch, à Reuters.

As autoridades iraquianas que supervisionam os direitos humanos não puderam ser contatadas imediatamente para comentar o assunto.

Mais de 60 países criminalizam o sexo gay, enquanto os atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo são legais em mais de 130 países, de acordo com o portal Our World in Data.

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