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Descrição de chapéu China

China encerra exercícios militares que simularam cerco a Taiwan

Bombardeiros com capacidade nuclear estão entre aviões que sobrevoaram o estreito de Taiwan e o canal que separa a ilha das Filipinas

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São Paulo

O Exército de Libertação Popular (ELP), como são chamadas as Forças Armadas da China, anunciou neste sábado (25) ter concluído os exercícios militares iniciados na quinta (23) ao redor de Taiwan. As atividades simularam um bloqueio à ilha.

Em dois dias, o Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detectado 62 aeronaves militares e 27 navios da Marinha chinesa. Segundo a pasta, 46 aviões cruzaram a linha do estreito de Taiwan, que serve como uma espécie de barreira não oficial entre os dois lados.

Mapa do Exército de Libertação Popular da China mostra áreas dos exercícios militares em torno de Taiwan - Reprodução

Caças Su-30 e J-16, além de bombardeiros H-6 com capacidade nuclear, estavam entre os aviões que sobrevoaram o estreito e o canal de Bashi, que separa Taiwan das Filipinas.

Na sexta, o Exército chinês publicou um vídeo que mostra caminhões com lança-mísseis preparados para disparar, oficiais a bordo de navios de guerra com binóculos para observar as embarcações taiwanesas e soldados que proclamavam lealdade ao Partido Comunista.

No lançamento da missão, em postagens nas plataformas chinesas WeChat e Weibo, o porta-voz Li Xi descreveu as ações como "uma forte punição pelos atos separatistas das forças de 'independência de Taiwan' e um severo aviso contra interferências e provocações de forças externas".

Ele se referia principalmente ao discurso de posse do novo presidente taiwanês, Lai Ching-te, na última segunda-feira (20). O líder afirmou que "a República da China [nome oficial de Taiwan] e a República Popular da China não são subordinadas uma à outra", comentário que Pequim entendeu como uma declaração de que os dois territórios são países separados.

Para Pequim, a China continental e Taiwan são duas partes de uma só China. O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, afirmou que Lai "tem questionado seriamente o princípio de uma só China", o que estaria direcionando Taiwan para "uma situação perigosa de guerra".

"Cada vez que 'a independência de Taiwan' nos provocar, nós vamos dar um passo a mais com nossas contramedidas, até conseguir a reunificação completa da pátria", disse.

Neste sábado, Karen Kuo, porta-voz do gabinete presidencial de Taiwan, criticou os exercícios. "A recente provocação unilateral da China não apenas prejudica o status quo da paz e estabilidade no estreito de Taiwan, mas também é uma provocação flagrante da ordem internacional, que suscitou uma preocupação séria e condenação por parte da comunidade internacional", afirmou em comunicado.

O novo presidente taiwanês é conhecido pelos discursos anti-China, embora venha suavizando esta posição política desde que iniciou a campanha pela Presidência no ano passado.

Os principais veículos de comunicação chineses, como a rede estatal CCTV, a agência de notícias Xinhua e o jornal Diário do Povo não noticiaram a cerimônia de posse.

Com AFP e Reuters

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