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Ex-advogado diz que roubou mais de R$ 150 mil das empresas de Donald Trump

Michael Cohen afirma que corte de bônus motivou ação; ele testemunha no processo criminal do ex-presidente

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Nova York | Reuters

Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, admitiu nesta segunda-feira (20) ter roubado dinheiro das Organizações Trump, que administra propriedades como hotéis e campos de golfe e pertence à família do ex-presidente.

Durante julgamento criminal do líder republicano em Nova York, Cohen afirmou que pagou, com recursos das Organizações Trump, cerca de US$ 20 mil [R$ 102,1 mil, na cotação atual] dos US$ 50 mil [R$ 255,3 mil] que as companhias do ex-presidente deviam à empresa de tecnologia RedFinch. Ele disse que guardou para si os US$ 30 mil [R$ 153,2 mil] restantes.

Ex-advogado de Donald Trump, Michael Cohen, sai do seu apartamento em direção ao tribunal criminal de Manhattan em Nova York - Spencer Platt/Getty Images - 20.mai.24/AFP

No interrogatório, o advogado disse que roubou o dinheiro porque estava chateado com o corte de seu bônus anual. Cohen ficou sem as gratificações por ter usado US$ 130 mil de seu próprio dinheiro para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, que estava ameaçando, pouco antes da eleição de 2016, tornar público seu relato de um suposto encontro sexual com Trump.

"Achei que era quase como uma autoajuda", afirmou Cohen. Não está claro quando o roubo ocorreu nem como a empresa de tecnologia reagiu à diferença dos valores.

O ex-advogado do republicano é a última e mais importante testemunha para os promotores de Nova York, que tentam convencer o júri de que Trump violou a lei ao encobrir o pagamento a Daniels. Na última semana, Cohen declarou que Trump concordou com o pagamento à atriz e se preocupou com o fato de que a história de Stormy Daniels prejudicaria seu apelo junto às eleitoras. Isso enfraqueceu o argumento da equipe jurídica de Trump de que ele buscava apenas proteger sua família de constrangimentos.

Entretanto, Cohen, que já admitiu ter mentido em outras audiências, é considerado uma testemunha problemática. Desta forma, os promotores reforçaram seu depoimento com provas documentais, enquanto os advogados de Trump tentaram minar a credibilidade de Cohen.

O testemunho de Cohen deveria terminar nesta segunda-feira. Depois disso, os advogados de Trump terão a chance de apresentar provas e testemunhas próprias.

Até o momento, não está claro se Trump irá depor como testemunha. Se optar por testemunhar, Trump terá a oportunidade de convencer os jurados de que não é culpado. Contudo, ele enfrentaria o interrogatório dos promotores, que poderiam tentar expor inconsistências em sua história. Qualquer mentira dita sob juramento poderia expô-lo a outras acusações criminais de falso testemunho.

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