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Em julgamento, cunhada do filho de Biden diz ter encontrado crack e uma arma na picape dele

Hunter Biden é acusado de mentir ao não mencionar uso de drogas ilegais em formulário público quando comprou um revólver; ele se declara inocente

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Wilmington (Delaware) | Reuters

A cunhada de Hunter Biden afirmou nesta quinta-feira (6), em depoimento, que encontrou vestígios de crack e uma arma na picape dele, o que pode reforçar o argumento da Promotoria de que o filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, violou a lei que proíbe usuários de drogas de possuírem armas.

Hunter é julgado pela acusação de ter mentido, em setembro passado, ao não mencionar a informação de uso de drogas ilegais quando comprou um revólver Colt Cobra, calibre 38, e de possuir ilegalmente a arma por 11 dias em outubro de 2018.

Desde segunda-feira (3), quando começou o primeiro julgamento criminal de um filho de presidente dos EUA, em Wilmington, no estado americano de Delaware, já foram ouvidas testemunhas, que incluem a ex-mulher dele e uma ex-namorada, sobre o histórico de uso de drogas de Hunter, o que ele já reconheceu publicamente.

Hunter Biden, filho do presidente dos EUA, Joe Biden, chega ao tribunal com sua mulher, Melissa Cohen Biden, em Wilmington, Delaware - Kevin Dietsch/Getty Images via AFP

Hallie Biden, viúva do irmão de Hunter, Beau, que morreu de câncer em 2015, testemunhou que frequentemente limpava a picape do cunhado procurando por drogas, na tentativa de ajudá-lo a abandonar o vício.

Ela disse ao júri que encontrou drogas e um revólver Colt Cobra calibre 38 durante uma dessas buscas. A ex-cunhada afirmou temer que Hunter ou seus filhos encontrassem a arma e se machucassem.

"Entrei em pânico e queria me livrar dela [arma]", disse Hallie, que admitiu ter iniciado um relacionamento com Hunter no fim de 2015 ou início de 2016.

Durante o julgamento, os jurados assistiram a imagens de câmeras de vigilância nas quais Hallie joga a arma de Hunter em uma lata de lixo de supermercado, bem como mensagens de texto onde ela disse que temia pela vida dele.

"Procure um local para reabilitação, Hunter, tudo isso tem que parar", escreveu a cunhada em uma mensagem de outubro de 2018, logo após o filho do presidente comprar a arma.

Ela disse que Hunter a apresentou ao crack, e ela passou a ser dependente da droga até conseguir se livrar do vício, em agosto de 2018. "Foi uma experiência terrível pela qual passei e me sinto envergonhada e arrependida", declarou ao júri.

O argumento da defesa é que o filho do presidente havia passado por tratamento de drogas e poderia ter se considerado sóbrio quando comprou a arma, em outubro de 2018.

O promotor Derek Hines disse que o governo federal poderia convocar sua última testemunha nesta quinta-feira (6). Hunter e seus advogados não disseram se ele testemunhará em sua própria defesa, algo que a maioria dos réus evita para não se expor a perguntas dos promotores. Ele se declara inocente.

Se Hunter Biden for condenado em todas as acusações, poderá ter de cumprir até 25 anos de prisão, embora os réus primários geralmente recebam penas mais curtas.

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