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Campanha de Maduro diz 'não ter a menor dúvida' sobre vitória em eleição

Transparência do pleito, marcado para próximo dia 28, é questionada por opositores e líderes internacionais

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Caracas | AFP

Representantes da equipe de campanha do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disseram nesta segunda-feira (1º) ter a certeza de que o líder sairá vencedor das eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 28. A integridade da disputa tem sido questionada devido à inabilitação de políticos e ao bloqueio a observadores internacionais.

A campanha eleitoral oficial começará na próxima quinta (4), embora Maduro e Maria Corina Machado, a vencedora das primárias da oposição que depois foi tornada inelegível, estejam liderando comícios por todo o país há meses.

"Vamos vencer. [...] Não tenha a menor dúvida disso", disse o parlamentar Jorge Rodríguez, chefe da campanha de Maduro, ao anunciar o cronograma eleitoral do regime para os próximos dias.

O gerente de campanha do ditador Nicolás Maduro, Jorge Rodriguez (meio), durante entrevista coletiva - AFP

A oposição decidiu concentrar forças em Edmundo González na disputa contra o ditador, que tentará o terceiro mandato consecutivo. Duas pesquisas de intenção de voto consideradas confiáveis mostram o opositor com mais de 30% das intenções de voto. Maduro pontua ao redor de 25%.

Ainda que os levantamentos indiquem a ligeira desvantagem de Maduro, Rodríguez se mostrou confiante com a vitória do ditador, antevendo-se a possíveis acusações de fraude. "Tomara que o comportamento dos candidatos da oposição desta vez seja sereno, sério, respeitável e reconheça os resultados, como fizemos nas ocasiões em que não fomos favorecidos pelo voto do povo venezuelano", disse ele.

Rodríguez convocou apoiadores para mobilizações em 70 cidades na próxima quinta. Os atos, em apoio a Maduro, servirão também de homenagem aos 70 anos que Hugo Chávez completaria em 28 de julho —o ex-presidente morreu em 2013 em decorrência de um câncer. "Vamos tomar Caracas por completo", disse o chefe da campanha.

González e María Corina, por sua vez, anunciaram a "caravana com a Venezuela", que deve começar também na próxima quinta, em Caracas, e percorrer várias cidades.

A lisura do processo eleitoral na Venezuela tem sido questionada por opositores e líderes internacionais. A desconfiança aumentou no fim de maio, quando o regime Maduro cancelou o convite que havia sido feito a observadores da União Europeia para acompanhar o pleito.

O regime justifica o veto pela manutenção das sanções do bloco europeu contra os chavistas. Em meio a críticas e questionamentos sobre a transparência do pleito, o ditador assinou no último dia 20 um documento no qual se compromete a respeitar o resultado. O texto foi divulgado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), a mais alta autoridade eleitoral venezuelana e cujo chefe, Elvis Amoroso, é considerado próximo do chavismo.

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