Siga a folha

Descrição de chapéu Eleições na Venezuela

Maduro pergunta se Elon Musk quer briga e bilionário responde: 'Aceito'

Líder venezuelano acusa dono do X de estar por trás de suposto ataque hacker contra sistema eleitoral

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Depois de Nicolás Maduro ter dito, em um discurso a apoiadores, que está pronto para brigar com Elon Musk, o bilionário e dono da rede social X disse em uma publicação que aceita e que o ditador da Venezuela "vai amarelar".

Maduro acusa Musk de estar por trás do suposto ataque hacker que teria causado a demora na divulgação de resultados detalhados das eleições presidenciais do último domingo (28). "Você quer briga? Vamos nessa, Elon Musk. Estou pronto. Sou filho de Bolívar e de Chávez. Não tenho medo de você. É só dizer onde", disse Maduro.

Segundo o regime, esse suposto ataque cibernético contra o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) é a razão pela qual as atas das urnas eletrônicas ainda não foram divulgadas —diversos países, incluindo o Brasil, a Colômbia e os Estados Unidos, pedem que a Venezuela disponibilize esses documentos para que a vitória de Maduro nas eleições possa ser atestada.

Montagem mostra o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro - Mandel Ngan e Federico Parra - 13.set.23 e 31.jul.24/AFP

O CNE declarou Maduro vencedor das eleições com 51% dos votos contra 44% do ex-diplomata Edmundo Gonzálvez. A oposição, liderada por María Corina Machado e González, afirma que venceu o pleito, e o Carter Center, um dos únicos órgãos internacionais a atuar como observador, disse nesta quarta-feira (31) que o processo eleitoral não foi democrático nem transparente.

Musk aceitou o convite para briga por meio de uma publicação no X. O bilionário também já concordou em lutar contra o dono da Meta e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que aceitou —a luta acabou não acontecendo porque Zuckerberg disse que Musk não aceitava organizar os detalhes do evento.

Mais tarde, Musk disse que "Maduro é grandalhão e provavelmente sabe brigar, então essa seria uma luta de verdade. [Zuckerberg] é pequenininho, então seria uma luta curta".

Maduro chamou Musk de "arqui-inimigo da Venezuela" e anunciou, na terça (30), a criação de uma comissão especial com assessoria da Rússia e da China para avaliar o ataque e o sistema de segurança do CNE. "Os ataques, tenho certeza, são dirigidos pelo poder de Elon Musk", disse o ditador.

"A Venezuela está enfrentando uma agressão nacional e internacional dos poderes mundiais", afirmou Maduro em fala a apoiadores na terça. "Ele [Elon Musk] desenvolveu a obsessão de tomar a Venezuela e de governar a Venezuela de fora", prosseguiu, denunciando a existência de uma "aliança da extrema direita global, a extrema direita fascista, o narcotráfico, Elon Musk e o governo imperialista dos EUA".

Musk, por sua vez, fez uma série de publicações sobre a Venezuela no X desde o último fim de semana de eleições. Antes da votação, o bilionário sul-africano naturalizado americano declarou apoio à oposição, dizendo que "o povo da Venezuela quer mudança".

Depois que o CNE declarou a vitória de Maduro, o empresário subiu o tom: escreveu que a eleição foi uma "vergonha para o ditador Maduro" e publicou seu cartaz de procurado pelo governo dos Estados Unidos —Washington oferece uma recompensa pela captura do chavista em relação a acusações de tráfico de drogas desde 2020.

Com AFP

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas