Em nova troca, Rússia e Ucrânia libertam 206 prisioneiros de guerra
Acordo, mediado pelos Emirados Árabes Unidos, foi o segundo anunciado em dois dias; 103 pessoas de cada lado foram soltas
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Rússia e Ucrânia realizaram, neste sábado (14), a troca de 206 prisioneiros, 103 de cada parte, após um acordo negociado pelos Emirados Árabes Unidos, incluindo soldados russos capturados por Kiev na região fronteiriça de Kursk. Foi a segunda troca anunciada em dois dias.
O presidente Volodimir Zelenski afirmou que os 103 ucranianos eram militares. "Nosso povo está em casa", disse Zelenski no aplicativo de mensagens Telegram. "Trouxemos com sucesso outros 103 guerreiros do cativeiro russo para a Ucrânia."
Zelenski postou fotos de militares envoltos na bandeira ucraniana azul e amarela, falando em celulares e posando para fotos em grupo em um local não revelado.
No total "103 militares russos foram devolvidos daquele território [Kursk] controlado pelo regime de Kiev", informou o Ministério da Defesa russo. "Em troca, foram entregues 103 prisioneiros de guerra do Exército ucraniano." Os soldados russos devolvidos foram encaminhados à Belarus, regime aliado de Putin a norte da Ucrânia, onde recebem a ajuda psicológica e médica, de acordo com o ministério.
Segundo o órgão, os Emirados Árabes foram responsáveis pelos esforços de mediação que permitiram a troca. Foi a oitava participação do país árabe desde o começo de 2024 em conversas do tipo.
Kiev e Moscou têm trocado prisioneiros com frequência desde a invasão russa, em fevereiro de 2022. A troca de sábado foi a terceira desde que a Ucrânia começou uma incursão em Kursk, no início de agosto.
Autoridades ucranianas disseram anteriormente que suas tropas haviam capturado pelo menos 600 soldados russos durante a operação, e que isso ajudaria a garantir o retorno dos ucranianos capturados.
A ofensiva de Kiev lançada em 6 de agosto na região fronteiriça russa de Kursk pegou o Exército russo de surpresa.
Nesta sexta (13), outro acordo permitiu que 49 ucranianos capturados pelos russos em meio à guerra fossem libertados. O número de russos não foi divulgado.
O chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andrii Iermak, afirmou que havia sete civis entre os libertados na sexta. Os demais eram integrantes do Exército, da Guarda Nacional, da polícia e do serviço de vigilância de fronteira. Segundo Iermak, alguns dos prisioneiros emancipados participaram da defesa de Mariupol, no sul do país, no início do conflito —o cerco de aproximadamente três meses à cidade portuária terminou com vitória russa e milhares de civis mortos.
Outra permuta realizada anteriormente, no último dia 24, foi uma das maiores. Na ocasião, um total de 230 detidos foi libertado, sendo 115 por Kiev e 115 por Moscou. Ambos os acordos foram também mediados pelos Emirados Árabes Unidos.
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