É curioso que o lugar escolhido pelo júri como o melhor de São Paulo para se comer carnes seja um restaurante especializado em dry aged, os cortes maturados que ficam semanas, às vezes meses, esperando por um comensal que os devore.

Todo respeito ao processo, mas fica a admiração dado o gosto nacional por peças suculentas e pingando sangue. Essa aparência passa distante de maturados em geral e daqueles servidos no Osso, primeira filial da casa peruana do chef Renzo Garibaldi.

Destaque no menu, há cortes dry aged de 30 e 60 dias —por 100 gramas deles, paga-se R$ 30 e R$ 40 respectivamente. O porco duroc e o boi premium também são servidos maturados, estes por R$ 28 e R$ 52 (também 100 gramas de cada um).

Numa tábua, os garçons apresentam as possibilidades e sugerem combinações de acordo com a quantidade de pessoas à mesa.

Na visita desta repórter ao restaurante, os maturados mais jovens agradaram mais. Enquanto os de 30 dias são obviamente mais macios e avermelhados, os de 60 dias têm aparência quase como se fossem recobertos por um gorgonzola —portanto, são ideais para aqueles que curtem sabores fortes.

Já os cortes frescos foram unânimes: a picanha (R$ 150), por exemplo, vem no ponto perfeito, salgada na medida e no peso suficiente. Como acompanhamento, valem o arroz tutano (R$ 55) e o purê de batata
(R$ 32). Se fizer questão das ótimas batatas fritas (R$ 32), saiba que a porção é pequena e serve apenas uma pessoa.

Quando no Peru, aja como os peruanos e prove o bom pisco sour da casa (R$43), drinque bem apresentado, sem o cheiro de ovo comum a quem não domina os macetes da clara batida, e talvez apenas menos alcoólico do que poderia.

Como sobremesa, vale o divertido osso mess. Nos tamanhos P e G (R$ 38 e R$ 58), a montagem de sorvete de baunilha, morango, pavlova, chantili e toffee de bacon e bacon crocante finaliza o festim com abundância quando acompanhado de cafezinho.

Osso
R. Bandeira Paulista, 520, Itaim Bibi, região oeste, tel. (11) 3167-3816, @ossosaopaulo