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Futuros dirigentes passarão por entrevistas com avaliadores externos em SP

Rossieli Soares Silva na secretaria da Educação, em São Paulo - Eduardo Anizelli - 14.jan.19/Folhapress

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As deficiências da educação pública no Brasil são muitas. Várias principiam com as indicações políticas para os cargos de direção nas redes municipais e estaduais de ensino, uma deformação ainda por exterminar em não poucos locais.

Em lugar de líderes qualificados, esses postos cruciais por vezes terminam ocupados por funcionários inapetentes ou, pior, por cabos eleitorais que trabalham mais por padrinhos do que por pupilos. O antídoto existente contra isso é o concurso público, mas ele nem sempre garante que o dirigente mais adequado resultará escolhido.

Para aperfeiçoar o processo, o governo estadual de São Paulo cria agora a iniciativa Líderes Públicos. Em convênio sem custo com o grupo Aliança, que reúne as fundações Brava e Lemann e os institutos Humanize e República, futuros dirigentes passarão por entrevistas com avaliadores externos.

O propósito será aquilatar competências, tais como capacidade de tomar decisões, liderança, engajamento, resiliência e motivação.

A experiência terá início com as 91 direções regionais de ensino, mas as entrevistas virão numa segunda etapa. Primeiro o secretário da área, Rossieli Soares Silva, receberá planos de trabalho ao longo do governo de João Doria (PSDB).

Após entrevista e análise de propostas, currículos e realizações de cada um no cargo, o governo decidirá se permanecerão. Os que saírem retornarão ao posto de origem (em geral, diretores de escola).

Recorrer a avaliadores externos é um modo elogiável de aumentar a impessoalidade e a eficiência da seleção, dois princípios incontornáveis da gestão pública. Acerta o governo paulista ao cogitar estender o sistema para outros cargos de direção, inclusive em escolas.

Há que proceder com vagar, entretanto. A maioria dos diretores e supervisores nos 5.400 estabelecimentos estaduais é de concursados. Apenas 1.597 diretores e 621 supervisores se acham na condição de “designados” e estarão sujeitos à nova modalidade de avaliação. 

Conviria também à administração estadual buscar o apoio do Ministério Público e de entidades como o Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial (Udemo). O processo inovador só teria a perder se, por resistência corporativista ou razões formais, terminasse judicializado.

editoriais@grupofolha.com.br

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