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Alerta do sarampo

Governo e entidades devem estudar estratégias para divulgar informações sobre vacinas

7 das 8 principais vacinas recomendadas a bebês apresentam cobertura abaixo da meta - Marcelo Camargo/Agência Brasil

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São Paulo contabilizava, até 18 de junho, 32 casos de sarampo, depois de cerca de quatro anos sem casos da grave doença na cidade.

O reaparecimento da enfermidade tem feito com que a prefeitura realize ações de bloqueio, quando são vacinadas pessoas nas áreas frequentadas por pessoa que teve a doença. Está em curso também uma campanha de vacinação contra a doença na capital paulista.

Não é só a situação do sarampo que preocupa no país. Reportagem desta Folha mostrou que, das 8 principais vacinas recomendadas a bebês, 7 apresentam cobertura abaixo da meta, que vai de 90% a 95% do público-alvo.

Pouco se sabe sobre as razões para tal queda nos índices. Entre as teorias aventadas estão as dificuldades dos pais em levar os filhos aos postos de saúde no horário comercial; o próprio sucesso na erradicação das doenças, que leva a menor preocupação das famílias; até a influência de fake news sobre os falsos perigos das inoculações.

Sem informações sobre as causas do fenômeno, pouco poderá o governo fazer para melhorar o percentual de crianças e adultos com as vacinas em dia. Urge, pois, realizar pesquisas quantitativas e qualitativas com usuários do Sistema Único de Saúde sobre o tema.

Mas parece claro que há amplo espaço para melhorar a comunicação da parte do governo e da comunidade médica e científica sobre os benefícios da imunização. 

No passado, havia menos vacinação, mas as campanhas eram amplamente divulgadas na TV, nos bairros e nos postos de saúde. 

Hoje, multiplicou-se a complexidade do esquema vacinal: até os 2 anos de idade de uma criança, os pais terão que levá-la ao posto nada menos que nove vezes para tomar 12 vacinas diferentes. Sem orientação cuidadosa de um pediatra, o risco de erro ou atraso é grande.

Nos dias atuais muitos preferem se informar sobre os cuidados com as crianças por meio de vídeos na internet e grupos em redes sociais. Cabe ao governo e às entidades médicas estudar estratégias para fazer chegar também a esses meios informação clara sobre os perigos das doenças transmissíveis e sobre as benesses das vacinas.

Para a gestão Bolsonaro (PSL) em particular, não parece tarefa difícil.

editoriais@grupofolha.com.br

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