Siga a folha

Descrição de chapéu

Abuso onipresente

Casos de violação de privacidade no Facebook mostram necessidade de regulação

Logo do Facebook exposto em telefone celular - Johanna Geron/Reuters

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Quando o assunto é privacidade, o Facebook não para de surpreender negativamente. A empresa acaba de reconhecer que jamais deixa de rastrear a localização de seus usuários, mesmo quando eles afirmam explicitamente que não querem fornecer tal informação.

A revelação foi feita em resposta ao questionamento de dois senadores americanos. O Facebook relatou que utiliza indicadores como os dados relacionados às fotos e o IP —endereço que identifica cada aparelho ligado à rede— para estimar onde está cada usuário.

Essa localização não é tão precisa quanto a estabelecida pelo aplicativo quando autorizado a fazê-lo. Mas permite que se exiba publicidade relacionada à região em que a pessoa se encontra.

As seguidas descobertas sobre as práticas da maior rede social do mundo deixam pouca margem para crer que ela está de fato comprometida com a privacidade.

O roteiro de seu fundador, Mark Zuckerberg, é bem conhecido: admite que a companhia não agiu corretamente em determinado aspecto, promete melhorar e, em seguida, acaba por assumir nova falha.

Os escândalos se sucedem. Menos de uma semana depois de a questão da localização ser revelada, a rede veio a público anunciar que está investigando um possível vazamento de mais de 267 milhões de registros de informações de seus usuários —dados que teriam ido parar nas mãos de hackers.

Em julho deste ano, o Facebook foi multado em US$ 5 bilhões pela FTC, a agência americana que regula telecomunicações. Segundo o órgão, a empresa não protegia os dados de seus membros e mentia a eles ao informar que o reconhecimento facial estava desligado.

Apuração de uma comissão interna mostrou mais problemas. O Facebook tem utilizado até mesmo uma ferramenta de segurança —a chamada autenticação de dois fatores— como um mecanismo para atravessar a fronteira da privacidade de seus frequentadores.

A prática, que agora se promete abandonar, faz com que os os números de telefone que eles fornecem para confirmar sua identidade acabem usados na busca por novos consumidores.

Em 1º de janeiro, entra em vigor a nova lei californiana para dados, que será a mais restritiva em vigor nos EUA. Será mais uma batalha de um caminho incontornável. Empresas como o Facebook só respeitarão de fato seu público se estiverem sob regulação mais forte.

editoriais@grupofolha.com.br

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas