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Vacinação melhora perspectiva de retomada no mundo, mas inclusão ainda é desafio

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O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, recebe vacina contra a Covid-19 - Alex Edelman - 21.dez.20/AFP

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O ano se inicia com o trágico agravamento da pandemia em boa parte do mundo, novas medidas de distanciamento social e riscos de uma recaída recessiva.

Em contrapartida, vai se firmando a perspectiva de vacinação em massa nos próximos meses, que deve abrir espaço para uma retomada consistente da atividade econômica a partir do segundo semestre. As projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto global têm sido revisadas para melhor.

Depois de uma queda estimada em 4,3% no ano passado, pode haver expansão de pelo menos 4% neste 2021, segundo as projeções do Banco Mundial. A liderança está com a China, que já recuperou o nível de atividade anterior à crise e deve crescer cerca de 8%.

O quadro também é auspicioso nos Estados Unidos. Com a vitória de Joe Biden na eleição presidencial e o controle democrata do Senado, aumenta a chance de novos estímulos econômicos a curto prazo.

O pacote fiscal de US$ 900 bilhões aprovado no fim do ano passado poderá ser suplementado com mais transferências de renda a famílias. As projeções mais recentes apontam para alta do PIB superior a 4% em 2021 e significativa queda da taxa de desemprego.

Do lado monetário, o Federal Reserve indica que manterá os juros em zero por alguns anos. Ainda que em velocidade menor, também haverá retomada na Europa.

Com ampla ociosidade de recursos, farta disponibilidade de mão de obra e política econômica favorável, o mundo poderá iniciar um novo ciclo de crescimento.

A perspectiva parece positiva, mas o desafio está na distribuição dos frutos dessa nova fase que se avizinha. A crise afetou sobretudo os mais pobres e agravou a desigualdade social.

Mais do que estímulos tradicionais que tendem a beneficiar o topo da distribuição de renda, as políticas dos próximos anos devem se preocupar com a estagnação das classes de renda baixa e média que caracterizou as economias ocidentais na últimas décadas.

Como indica a acensão de líderes populistas no período recente, as consequências do fracasso em conceber uma nova agenda distributiva podem ser dramáticas.

Felizmente se encerra o turbulento período de Donald Trump, mas há outros como ele pelo mundo a ameaçar valores civilizatórios. A melhor forma de lhes tirar o palanque é um modelo econômico mais inclusivo e sustentável.

editoriais@grupofolha.com.br

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