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Ondas da pandemia

Variante delta tende a retardar retomada da economia, mas vacinas evitam o pior

Centro de teste para a Covid-19 no aeroporto de Duesseldorf, na Alemanha - Ina Fassbender/AFP

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Mesmo com o avanço notável da vacinação em boa parte do mundo, vão se frustrando as projeções mais otimistas de que pandemia de Covid-19 poderia ser definitivamente superada ainda neste ano.

A variante delta, surgida na Índia e mais contagiosa, embora aparentemente não mais letal, caminha para tornar-se dominante. O principal foco hoje é o sul da Ásia, populoso e menos imunizado que o Ocidente e a China, mas a nova cepa se alastra por todos os continentes com riscos especialmente para os países pobres.

Onde a vacinação está avançada, espera-se que a aceleração de novos casos não resulte em sobrecarga dos sistemas de saúde, mas todo o cuidado é pouco.

No Reino Unido, com 55% da população imunizada com duas doses, as autoridades foram obrigadas a declarar novas restrições e considerar a volta do uso obrigatório de máscaras, precipitadamente descartado pelo governo.

Nos Estados Unidos, o problema se mostra grave. Depois de uma vitoriosa campanha no primeiro semestre, a alta resistência de parte da população a receber uma vacina constitui um flanco de fragilidade. Até aqui, cerca de 49% dos americanos receberam as duas doses, mas em alguns estados conservadores a taxa é bem menor.

O risco de uma nova epidemia entre os não imunizados por opção ao menos começa a provocar uma reação tardia de políticos republicanos, até então resistentes a se pronunciar de forma cabal em favor da prevenção.

O Brasil conta com a vantagem da boa adesão. Segundo pesquisa da Ipsos, 93% dos brasileiros pretendem se vacinar, taxa mais alta entre os 15 países pesquisados —e semelhante à apurada pelo Datafolha. É provável que todos os adultos poderão fazê-lo até setembro.

Urge, além disso, manter a prudência, com máscaras e restrições a eventos propícios ao contágio, como espetáculos e festas.

Se o prognóstico de número reduzido de casos graves se confirmar, é improvável que haja uma recaída mundial na recessão econômica. Já está claro, entretanto, que a volta das atividades na segunda metade do ano será mais espaçada que se imaginava.

Por aqui, o retorno de parte relevante do setor de serviços, que emprega a mão de obra de menor qualificação, pode sofrer novo revés. Trata-se de mais um desafio às políticas de amparo social, que devem merecer prioridade.

editoriais@grupofolha.com.br

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